Padre Zé esclarece sua situação

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A notícia da possível transferência do Monsenhor José Agius, o Padre Zé, divulgada na semana passada pelo JR, gerou muitos questionamentos por parte da população e da comunidade da Paróquia São José. O Jornal de Rolândia, então, foi até o pároco para fazer uma pequena entrevista, mas esclarecedora sobre todos os acontecimentos.

JR – De que maneira o senhor ficou sabendo dessa possível transferência para outro lugar?
Monsenhor José – No dia 20 de novembro, em torno das 11h15 da manhã, recebi a visita do nosso novo Arcebispo de Londrina, Dom Geremias Steinmetz. A visita de arcebispo sempre foi motivo de alegria, uma vez que essas visitas serviam para o novo arcebispo tomar conhecimento da vida da Paróquia com suas múltiplas atividades pastorais, religiosas, sociais, culturais… Infelizmente, não foi assim dessa vez. Sua intenção era unicamente a de me comunicar seu plano de transferir os padres que ocupam cargos de párocos há mais de seis anos para outras paróquias. E, como eu sabia que, uns dias antes, ele já tinha comunicado, sumariamente, essa sua intenção ao meu colega monsenhor Bernardo da Catedral de Londrina, logo entendi que havia chegado a minha vez. E, uma vez que ‘transferência’ significa ‘renúncia’, mesmo involuntária, ao cargo de pároco, naquele momento eu não tinha outra alternativa a não ser ficar calado, até mesmo porque não vi nenhuma disposição ao diálogo.

JR – O que o senhor achou de ‘estranho’ em tudo isso?
Monsenhor José – Achei estranho a maneira “sem graça” desse procedimento, pois às 11h30 já tínhamos terminado a conversa e o arcebispo foi embora, sem um cafezinho que sempre enerra qualquer bate-papo. No dia 26 de novembro, enviei ao Sr. Arcebispo uma carta relatando brevemente meu histórico de missionário e minha ligação com Rolândia desde 1961 e pedindo à sua sensibilidade, pelo menos em reconhecimento a tantos anos dedicados com total abnegação à Arquidiocese, particularmente a Rolândia, me concedesse o benefício de continuar como pároco, pelo menos, até o mês de abril para poder celebrar com meu povo a festa do Padroeiro São José e, em seguida, a Semana Santa de que tanto gosto. Até o momento, nenhuma resposta.

JR – Mass o senhor vai realmente embora de Rolândia?
Monsenhor José – Dependendo das decisões do senhor Arcebispo, eu deixo de ser pároco. Mas continuo padre! Mas não estou indo embora de Rolândia, esta cidade tão querida, com seu povo maravilhoso que sempre me ajudou em todos os sentidos. Pretendo permanecer aqui, até mesmo fora das dependências paroquiais para não atrapalhar os planos pastorais dos superiores, aos quais sempre respeitei e continuarei respeitando. Aproveitando a oportunidade, agradeço todas as manifestações de solidariedade e de carinho que tenho recebido de tantas pessoas, algumas que nem conheço pessoalmente. A todos, o meu muito obrigado.

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