Superação: rolandense é o 1º a fazer prova em braille na UEL

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Direto e simples assim, Leonardo de Freitas Vaz (17), aluno do Centro de Atendimento Especializado para Deficiência Visual (CAEDV) e Altas Habilidades do Colégio Estadual Souza Naves, de Rolândia, foi o primeiro vestibulando a fazer uma prova 100% em Braille no Vestibular da Universidade Estadual de Londrina (UEL). A deficiência visual não foi obstáculo para o jovem dedicado aos estudos, que prestou vestibular como treineiro para o curso de Direito. “Eu encaro os estudos como se fosse uma profissão em que eu sempre tenho que fazer o meu melhor”, afirmou Leonardo. “Eu gosto muito de ler e de leis”, contou.

Cleide Silva de Freitas Vaz (47), mãe de Leonardo, contou que na hora de realizar a inscrição, eles informaram a deficiência e descreveram o que ele necessitava para fazer a prova. No caso de Leonardo, foi solicitada a prova totalmente em Braille e um auxiliar para a leitura de gráficos, redação das respostas e preenchimento do gabarito. Ele fez o vestibular no Centro de Educação, Comunicação e Artes (CECA) no Campus da UEL em uma sala separada, para ele, um fiscal e o ledor e transcritor. O vestibulando teve uma hora a mais em relação aos demais candidatos para realizar a prova. A primeira fase aconteceu no dia 29 de outubro.

Vestibular

Leonardo já havia feito a prova da UEL em 2016 somente com o ledor e transcritor, mas neste ano, solicitou a prova 100% em Braille. Para Cleide, isso ajudou no desempenho do filho. “Ele se sentiu melhor para fazer a prova”, contou. O Braille se mostrou decisivo no desempenho do estudante, tanto que, ao contrário do ano anterior, em 2017 ele foi aprovado na primeira fase, e prestou a segunda nos dias 3 e 4 de novembro. “No ano passado, as questões de Matemática, Química e Física tinham gráficos, e por mais que a pessoa que estava lendo para mim tentasse descrever esse gráfico, ficava confuso para minha compreensão”, revelou o estudante. O aluno do Souza Naves elogiou os gráficos da UEL na sua prova neste ano, que facilitaram o entendimento. “Quando chegavam as questões de Matemática, Química e Física ou outras que envolviam gráficos eu pedia para interromper a leitura, via o gráfico e respondia”, contou.

O estudante considerou a segunda fase mais fácil que a primeira, por ter as disciplinas que ele tem mais facilidade, na área de Humanas. “Eu escolhi o curso de Direito porque ele compreendia todas as matérias que eu gostava: História, Português, Filosofia”, explicou. As provas da segunda fase também foram totalmente em Braille, mas Leonardo contou que precisou ler somente uma questão de Sociologia e as demais, conseguiu responder somente ouvindo a leitura.

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