O agendamento de consultas e exames pela rede pública de Saúde, o SUS, segue uma classificação de prioridade em Rolândia. Segundo Arlete Cristina da Silva Rodrigues, diretora da Atenção Especializada da secretaria de Saúde, isso quer dizer que cada caso é analisado isoladamente e o tempo de espera por uma consulta de especialidade ou exame pode variar. Tudo começa quando o paciente procura uma UBS, e o médico avalia sua situação através do encaminhamento. “Aqui em Rolândia nós capacitamos os médicos, orientamos sobre os encaminhamentos, porque tudo vai depender do que o médico escreve nele”, explicou Arlete.
Em seguida, o encaminhamento chega ao setor de regulação e o médico regulador classifica os pacientes dos mais urgentes para os menos, de acordo com o que consta neste documento. Dependendo da especialidade, a consulta é agendada em Rolândia ou em Londrina, pelo Cismepar, cujos encaminhamentos podem demorar mais, já que o consórcio atende a demanda de mais de vinte municípios. O tempo de agendamento da consulta varia de acordo com a especialidade. Uma consulta de ortopedia, por exemplo, demora a partir de um mês para atendimentos prioritários e casos considerados menos urgentes levam mais tempo para serem agendados. No caso da neurologia, as consultas mais urgentes levam cerca de trinta dias e, as demais, de dois a três meses. A cardiologia, especialidade ofertada pelo Cismepar, também tem média de trinta dias nas situações mais urgentes.
Exames
O agendamento de exames também segue esta classificação. Um raio-x de um caso considerado urgente pelo médico é realizado no mesmo dia e, se possível, já avaliado pelo médico também neste dia ou, no máximo, no dia seguinte. Os raio-x eletivos, aqueles que precisam de laudos, são agendados para em média trinta dias. Outros tipos de exame com mais urgência, como por exemplo, um ultrassom, pode ser agendada já para o outro dia, mas os eletivos podem levar meses. “Os exames de prioridade são agendados primeiro, por isso é importante que o médico escreva neste pedido se é urgente ou não”, esclareceu a diretora. Campanhas educativas também podem interferir no tempo de espera por exames devido ao aumento na demanda, como é o caso das mamografias no Outubro Rosa.
Como acompanhar
Arlete destacou que é importante a colaboração do paciente, pois muitas vezes os dados e exames estão incompletos e impossibilitam o agendamento. Em caso de muita demora, ele pode acompanhar sua situação pela UBS. “O profissional consegue entrar no sistema e olhar como esse paciente está na fila, se tem algum problema ou se ele está com dados insuficientes”, afirmou a diretora. Além disso, o paciente pode procurar atendimento para ser reavaliado caso sua condição tenha piorado, possibilitando que seu agendamento possa ser antecipado.