No início desta semana, um vídeo feito por Rafael Cesar Fernandes, 30 anos, presidente da Ambiental Rolândia, viralizou nas redes sociais e mostrou que a maioria dos rolandenses não faz a separação do lixo orgânico e do lixo reciclável (o vídeo pode ser assistido através da Realizada Aumentada ao se apontar o Zappar para a marca na foto ao lado). A Ambiental é responsável pela separação do lixo reciclável que chega até o aterro de Rolândia, recolhido pela Sanetran.
No vídeo, feito a partir do lixo orgânico recolhido pela Sanetran, é possível ver uma quantidade enorme de lixo reciclável que poderia ser reutilizado se estivesse no material que é recolhido em dias diferentes pela Sanetran. “Como esse material reciclável está misturado ao lixo orgânico, não podemos separar. O pior é que ele é enterrado junto com o orgânico e vai ficar aí por centena de anos”, afirmou Rafael Cesar.
O presidente da Ambiential calcula que a maior parte do material reciclável produzido pelos rolandenses vai para o aterro, misturado ao lixo orgânico. “Se separamos 30 toneladas por mês de reciclado, creio que mais de 70 toneladas não enterradas com o orgânico”, ressaltou.
A situação prova que o município precisa, urgentemente, de uma política de educação ambiental que “obrigue” o rolandense a separar o máximo possível o lixo reciclável do orgânico.
A secretaria
O secretário de Meio Ambiente de Rolândia, Luiz Antônio Soares, afirmou que está começando a montar um projeto, junto com a Educação, para se implantar nas escolas. “Vamos iniciar com os alunos e depois estender para a Associação de Pais, Associação de Moradores, para ver se conseguimos atingir uma boa parcela da sociedade. Mas está difícil”, afirmou. Mas o secretário sabe que, além disso, as pessoas precisam ter consciência e fazer a parte delas, separando corretamente o lixo, á que existem dias específicos para cada tipo de material.
A capacidade atual do aterro está chegando ao final e o Meio Ambiente está fazendo a instalação de uma nova geomembrana no local. “Ampliamos por, pelo menos, mais sete anos a vida do aterro”, reforçou Luiz Antônio. O próprio secretário sabe que, com uma separação mais adequada, essa vida útil do aterro poderia ser estendida para 20, 30 anos, 40 anos. Bastaria que cada morador separasse corretamente o seu lixo, simples assim. Vamos começar?