Os servidores públicos municipais da Educação, Assistência Social e Saúde compareceram em peso à sessão da Câmara Municipal, na última segunda-feira (23), para cobrar a elevação salarial prometida pelo Executivo desde o início de 2017. Roseli Morais da Silva, vice-presidenta do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Rolândia (Sisrol), utilizou a Tribuna Livre para defender o direito dos trabalhadores que aguardam esse pagamento e sempre ouvem a justificativa de que o índice da folha de pagamento e despesas com pessoal da prefeitura ultrapassa o preconizado pelo Tribunal de Contas e impossibilita o pagamento.
No mês de fevereiro de 2017, o prefeito havia feito um decreto reconhecendo a elevação, mas dizendo que a prefeitura não iria pagar o valor alegando que não havia dinheiro em caixa. No mês de junho, a Câmara de Vereadores se propôs a derrubar este decreto. No entanto, o prefeito entrou em um acordo com os parlamentares e garantiu que a elevação seria paga no primeiro quadrimestre de 2018, assim que houvesse redução no índice da folha de pagamento.
Em março deste ano, o prefeito fez um decreto novamente dando a elevação aos servidores e afirmando que o poder público, mais uma vez, não poderia pagar esse direito por causa do índice. Ou seja, a administração reconhece o direito a elevação desde o ano passado, mas justifica que não pode realizar o pagamento deste valor devido ao alto índice de despesas com pessoal.
Com o mês de abril – e o quadrimestre – chegando ao fim, o vereador João Ardigo (PSB) alegou que nenhuma medida para a redução desse índice foi tomada pelo poder público. “Pelo contrário, foi criada uma secretaria e desde então, vários outros cargos comissionados foram contratados”, apontou.
O vereador Alex Santana (PSD), líder do governo na Câmara, justificou que o Executivo realizou uma reunião com as secretarias competentes para discutir soluções para o índice. “Eu não participei da reunião, mas ela foi tratada para abaixar o índice e não resolver o problema dos servidores”, opinou Ardigo. A câmara ainda deve aguardar duas semanas para ver se a prefeitura tomará alguma providência. Caso contrário, o decreto poderá ser derrubado pelos vereadores, obrigando o poder público a pagar a elevação desde 2017.