Ansiedade Infantil – por Aline Baveloni Zamcopé

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    Dados da Organização Mundial da Saúde publicados em 2017 indicam que 264 milhões de pessoas ao redor do mundo sofrem com transtornos de ansiedade, e o Brasil é o país que apresenta a maior taxa. Entretanto, estes números apenas contemplam adultos, e outros levantamentos indicam que 20% das crianças e adolescentes em todo o mundo também sofrem com sintomas de ansiedade.

    A ansiedade infantil é um dos desajustamentos psíquicos mais comuns dos tempos atuais, com queixas crescentes de crianças indisciplinadas, assim como o alto índice de diagnósticos de TDHA (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade).

    Embora ainda pouco valorizada em nosso meio, a vivência contínua com sintomas de ansiedade pode deixar cicatrizes profundas na vida da criança, muitas vezes acompanhando-a ao longo da adolescência e vida adulta.

    Os transtornos de ansiedade na infância e adolescência em geral são difíceis de identificar, pois os pais, responsáveis e/ou educadores acreditam tratar-se apenas de uma fase e que logo se resolverá. Entretanto, é preciso prestar atenção nos pequenos quando essa ansiedade começa a gerar sofrimento, a ponto de comprometer a relação com seu mundo, em especial com a família e a escola.

    Esse comprometimento pode aparecer em forma de agressividade, retraimento, irritação, tristeza, comportamento de roer as unhas, fazer xixi na cama, assim como problemas escolares associados a hiperatividade. Além disso, o corpo pode mostrar sinais, emergindo com dores sem causas orgânicas, insônia, e até mesmo doenças psicossomáticas.

    O trabalho terapêutico com ansiedade infantil tem como objetivo desenvolver os recursos da criança para lidar com a própria ansiedade nos momentos de tensão. Assim, será capaz de estabelecer trocas positivas com as pessoas, desenvolver suas relações sociais de maneira saudável, assumir responsabilidades, além de conseguir adaptar-se com mais segurança e facilidade às demandas do seu ambiente.

    Se a criança tiver uma boa rede de apoio, envolvendo os pais, educadores e o acompanhamento terapêutico, se sentirá aceita e valorizada incondicionalmente, promovendo as forças necessárias para seu desenvolvimento. É fundamental que a criança confie que é aceita por ser uma pessoa e não por ter feito algo que a torne melhor ou pior.

Aline Baveloni Zamcopé é psicóloga (CRP 08/26468) e Especialista em Psicoterapia Clínica Humanista. Atende em Rolândia (Rua Manoel Carreira Bernardino, 329. Clínica Vivva) e em Londrina (Av. Bandeirantes, 901. Sala 301. Ed. Medcenter). Fone: (43) 9.9901-4103; E-mail: [email protected]

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