Editorial – Edição: 680 – sexta-feira, 11-05-18

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    Olá, leitor e leitora do JR

    Neste domingo (13), a abolição da escravatura (tudo com letra minúscula mesmo) completa 130 anos. “Estamos politizando essa data e deixando bem claro que é preciso lembrar para não esquecer. Mas não é possível celebrar”, afirma a historiadora Lilia Schwarcz. Naquele dia, em 1988, a princesa Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bourbon e Bragança (29/07/1846 – 14/11/1921), apelidada de “a Redentora”, assinou a lei áurea (assim, com letra minúscula mesmo). Para Lilia, a abolição foi um processo de luta da sociedade brasileira. Não foi uma lei. Não foi um presente da princesa (Isabel), como romanticamente se diz. Muitos setores de classe média e de profissionais liberais aderiram à causa abolicionista, que vira suprapartidária na década de 1880. É importante destacar sobretudo a atuação dos escravizados, dos negros, dos libertos, que pressionaram muito o tempo todo, seja por insurreições, seja por rebeliões coletivas, rebeliões individuais, suicídios, envenenamentos.

    Falando em resistência, Zumbi nasceu em Palmares, Alagoas, livre, no ano de 1655, mas foi capturado e entregue a um missionário português quando tinha aproximadamente seis anos. Batizado ‘Francisco’, Zumbi recebeu os sacramentos, aprendeu português e latim, e ajudava diariamente na celebração da missa.

    Por volta de 1678, o governador da Capitania de Pernambuco cansado do longo conflito com o Quilombo de Palmares, se aproximou do líder de Palmares, Ganga Zumba, com uma oferta de paz. Foi oferecida a liberdade para todos os escravos fugidos se o quilombo se submetesse à autoridade da Coroa Portuguesa; a proposta foi aceita, mas Zumbi rejeitou a proposta do governador e desafiou a liderança de Ganga Zumba. Prometendo continuar a resistência contra a opressão portuguesa, Zumbi tornou-se o novo líder do quilombo de Palmares.
Foi morto com 20 guerreiros em 20 de novembro de 1695.

    Zumbi é hoje, para determinados segmentos da população brasileira, um símbolo de resistência. Em 1995, a data de sua morte foi adotada como o dia da Consciência Negra.

    Nesta edição, aproveitando a data, voltamos a falar sobre o Conselho da Promoção da Igualdade Racial que ainda não, está regularizado. Falamos também de Baquaqua, único negro escravizado no Brasil a escrever uma autobiografia. Tudo isso na página 09. Aproveitem

    Nesta edição, são 5 matérias com Realidade Aumentada nas páginas 04, 06, 15, 21 e 22.

* Nada contra as pessoas chamadas isabel, ok?

Boa leitura nesta edição e bons vídeos.

Josiane Rodrigues
Editora

José Eduardo
Editor

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