No próximo dia 26 de maio, sábado, será realizada a conferência da Revisão do Plano Diretor de Rolândia, última etapa do processo iniciado em 2017. A conferência será no Centro Cultural Nanuk e está marcada para começar às 8h da manhã. Será feita uma pausa para almoço ao meio-dia e, às 13h30, os trabalhos do evento prosseguem. A conferência é aberta a toda população rolandense. “Gostaria muito que a comunidade se envolvesse mais”, afirmou Catarina Schauff, secretária de Planejamento. Por meio da participação, os rolandenses podem dar sugestões no momento oportuno aberto no evento. “Ainda dá tempo de participar”, destacou a secretária.
A conferência irá discutir as leis vinculadas ao Plano Diretor. Os conselhos municipais serão notificados que os conselheiros terão direto a voto na conferência, mediante inscrição prévia. É possível que alguns pontos ainda necessitem de ajuste, se os votos assim decidirem. “Acho difícil o Plano ser aprovado integralmente. Como é um conjunto de leis com vários itens, talvez, pontualmente, um ou outro tenha que ser revisto após a conferência”, disse.
Raio-x do processo Catarina explicou que a revisão do Plano Diretor é feita obrigatoriamente a cada dez anos, para acompanhar as mudanças e crescimento econômico, territorial e social da cidade. A revisão atual começou no início de 2017, com a contratação do Itedes e o pontapé com os diagnósticos e levantamentos na cidade.
A primeira audiência pública da revisão atual apresentou um comparativo entre 2006 e 2017. “Foi feito um levantamento também com todas as secretarias, como Educação e Saúde, aquilo que conseguiu ser efetivado das propostas do Plano Diretor de 2006”, explicou Catarina. Segundo a secretária, mais da metade das diretrizes estabelecidas no último Plano Diretor foram efetivadas.
Paralelamente à segunda audiência, foram realizadas reuniões setoriais em regiões do município, que tiveram pouca adesão da população apesar da grande divulgação da revisão em meios de comunicação rolandenses. “Mesmo assim, conseguimos aproveitar bastante coisa, surgiram ideias e se tivesse uma quantidade maior de pessoas, teriam surgido mais propostas”, avaliou.
A partir da terceira audiência, já começaram a ser apresentadas as primeiras sugestões de macrozoneamento do Plano Diretor. Neste momento, estão sendo realizadas algumas reuniões internas para definir alguns critérios técnicos para as regiões da cidade. “A fase de lapidação do Plano Diretor está sendo feita agora”, afirmou a secretária.
Preservação ambiental
O ITEDES não deixou de lado a preservação de rios e mananciais, muito preconizada na cidade. “Realmente, nós somos privilegiados, se você olhar o mapa de Rolândia, as áreas de fundo de vale, com mananciais e onde tem rios, tem bastante verde”, apontou Catarina.
A revisão teve um olhar especial para as bacias hidrográficas da cidade. “A bacia do Cafezal é muito importante porque abastece Londrina, então todos os córregos, desde o Marabu, Coruja, Amoreiras, que chegam no ribeirão Cafezal estão com atenção específica”, explicou a secretária. “Vai sair uma APA (área de preservação ambiental) na região da bacia do Bandeirantes, que vai até Arapongas”, acrescentou. Isso significa que a área vai ter uma legislação específica, que será feita por um projeto a parte. “Já estou em contato com algumas pessoas para fazer esse projeto, de manejo”, adiantou Catarina.