Denunciado no Fórum Eleitoral, Alex diz sofrer retaliações

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    O vereador Alex Santana (PSD) usou a Tribuna da Câmara, na sessão desta segunda-feira (11), e fez um discurso bem polêmico, com acusações ao prefeito Luiz Francisconi (PSDB) e ao secretário Dario Campiolo em relação à Caixa 2 durante a campanha de 2016, além de se dizer vítima de retaliações por presidir uma CPI que investigar possíveis corrupções ativas e passivas e supostas propinas para secretário de 1º escalão.

    Alex se referia à denúncia-crime protocolada contra ele, também por Caixa 2, no Fórum eleitoral de Rolândia e que está sob análise do Ministério Público Eleitoral, depois de ser despachado para ali pelo juiz eleitoral do município. O MP tem 10 dias para se manifestar sobre o assunto: ou dá continuidade ou pede o arquivamento da ação. “Agora começam os ataques, a politicagem tentando tirar o foco da CPI e me desestruturar”, denunciou Santana. Alex afirmou que estão chegando várias denúncias de irregularidades até a Comissão.

    O vereador afirmou que a articulação da denúncia-crime no TRE foi obra do secretário Dario Campiolo e de alguns funcionários da prefeitura, apesar de ter sido protocolado por Benedito Silva Junior. “Meu amigo”, ressaltou Alex, que revelou que alguns até lhe ligaram avisando o que seria feito. “O problema são as pessoas por trás”, afirmou. “Ainda não recebi nada, mas posso afirmar que isso é intimidação, é perseguição política por causa da CPI”, alertou.

    Caixa 2
    “Então vamos falar de Caixa 2, da campanha de reeleição do senhor prefeito Luiz Francisconi. O seu secretário, que manda na prefeitura, deveria esclarecer sobre o inquérito no MP de Curitiba sobre o crime de Caixa 2 praticado durante a sua reeleição. Isso está no GAECO de Curitiba. Senhor prefeito, use suas lives e explique para a população o que é esse inquérito”, desafiou Alex Santana. “Será que se refere ao processo licitatório do barracão do IBC, de 46,6 mil metros quadrados?”, perguntou o parlamentar. A partir daí, em seu pronunciamento, Alex incluiu o secretário de Desenvolvimento, Dario Campiolo, solicitando o esclarecimento acerca do inquérito.

    Alex questionou se a uma acusação de recebimento de R$ 150 mil em cheques pré-datados, dados por uma empresa as Arapongas, procederia. O vereador afirmou possuir documentos sobre essa acusação e também falou de pontos polêmicos no processo de licitação do IBC, chamando o edital de concorrência de “cartas marcadas” para que a empresa de Arapongas fosse vencedora e “ela possivelmente doaria 150 mil reais para a campanha de reeleição do doutor Francisconi”, afirmou Santana e pediu explicações ao secretário.

    Outro lado
    A reportagem do JR entrou em contato com a assessoria da prefeitura para falar sobre as acusações do vereador, que até bem pouco tempo atrás era líder do prefeito na Câmara de Rolândia. A reportagem foi informada que o prefeito está em Curitiba e vai esclarecer os fatos tão logo chegue ao município, o que deve acontecer nesta quarta-feira (13). “O prefeito é o maior interessado em esclarecer essas acusações”, ressaltou a assessoria.

    A denúncia contra Alex
    Alex Santana foi denunciado por um suposto crime eleitoral, que teria sido cometido durante a campanha de 2016. A notícia-crime foi protocolada por Benedito Silva Junior diretamente no Fórum Eleitoral na sexta-feira (08) – o Fórum enviou ao juiz eleitoral que, por sua vez, despachou ao Ministério Público Eleitoral no mesmo dia.

    De acordo com Mário Bannwart, chefe do Cartório Eleitoral, agora fica-se aguardando o Ministério Público se manifestar dentro de um prazo de até 10 dias. “O MP analisa o caso para ver se há indícios para prosseguimento da ação ou não”, esclareceu Bannwart. A partir, o MP pode oferecer denúncia contra o parlamentar ou pedir o arquivamento do processo.

    A denúncia-crime foi baseada numa alegação da infração do artigo 350 do Código Eleitoral já que o vereador não teria declarado gastos de campanha – o chamado Caixa 2. Ainda segundo a denúncia, o parlamentar teria confirmado a contratação de um serviço em uma ação proposta na Justiça do Trabalho.

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