Bulimia nervosa – por Dra. Isabella Gouveia

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    A Bulimia Nervosa é caracterizada por um quadro em que ocorrem episódios de compulsão alimentar seguidos por comportamentos compensatórios. Chamamos de episódios de compulsão alimentar quando o paciente come de  forma exagerada, além daquilo que pretendia, geralmente alimentos de alto teor calórico, em um curto espaço de tempo. Em seguida,  surge o sentimento de culpa, causado pelo receio de ganhar peso, o que leva o paciente a tomar alguma atitude para compensar esse exagero. O que vemos com maior frequência é o ato de provocar vômitos (geralmente colocando o dedo na garganta) após as refeições. Contudo, outros comportamentos são também observados, como o uso de laxantes, de diuréticos, passar um longo período de jejum, ou fazer exercícios de forma exagerada. Esses comportamentos têm o objetivo de aliviar a culpa gerada pela compulsão alimentar. 

    A Bulimia Nervosa é mais comum em mulheres jovens, e ao contrário da Anorexia Nervosa, elas habitualmente tem o peso dentro da faixa normal ou até um pouco acima, ou ele pode estar sempre oscilando. É comum que elas estejam sempre tentando seguir alguma dieta rigorosa ou alimentação regrada, sendo esses episódios de compulsão como uma perda de autocontrole. A frequência desses episódios pode variar bastante, ocorrendo desde algumas vezes ao mês até várias vezes ao dia. As pacientes costumam ter medo de se pesar e fogem da balança.  

    A Bulimia muitas vezes está associada com problemas emocionais, depressão, personalidade instável e impulsiva. Pode passar muito tempo sem ser diagnosticada, já que os sintomas não são tão evidentes como os da Anorexia. Entre as causas, destacam-se predisposição genética, a pressão social e familiar e a valorização do corpo magro como ideal máximo de beleza.

    A Bulimia pode trazer complicações sérias para a saúde, como destruição do esmalte dos dentes, problemas gastrintestinais, arritmias cardíacas, desidratação, etc. 

    O tratamento precisa ser feito com equipe multidisciplinar, com acompanhamento de psiquiatra, clínico, nutricionista, psicólogo. As medicações usadas ajudam a diminuir os episódios de compulsão alimentar e consequentemente os comportamentos compensatórios, e também a melhorar os sintomas depressivos e ansiosos que podem estar associados. Se você apresenta ou conhece alguém que tenha sintomas de distúrbios alimentares, não hesite em procurar ajuda. Quanto mais precoce for iniciado o tratamento, maiores as chances de sucesso.

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