A adolescência é período de muitas mudanças. Mudanças físicas, hormonais, de relacionamentos…É normal esperar que ocorra na adolescência alterações de humor decorrentes de todas essas mudanças. É uma fase de descoberta da identidade, e de ruptura com a infância. Contudo, devemos sempre estar atentos para sinais que podem indicar uma mudança mais significativa de humor, que pode caracterizar um quadro de depressão.
* Irritabilidade: nem sempre o adolescente deprimido vai apresentar um quadro de tristeza e choro. Um dos sintomas mais relevantes é a irritabilidade, explosões frequentes por motivos pequenos, mau humor constante, dificuldade em alegrar-se com coisas que anteriormente causavam interesse e prazer.
* Isolamento: os adolescentes gostam de buscar seu espaço e é comum quererem ficar mais tempo sozinhos. Porém um isolamento excessivo, como passar muito tempo no quarto, por exemplo, pode ser um sinal de alerta.
* Sinais de “revolta”: mudanças bruscas de comportamento, como passar a matar aulas, mudar de visual de maneira brusca, ou fazer uso de drogas ou álcool são comuns nesses quadros.
* Comportamentos autolesivos: comportamentos de se cortar, se machucar, chamados também de automutilação, são frequentes em adolescentes que estão passando por um sofrimento emocional intenso. A tentativa é de aliviar a dor psíquica através da dor física. Não devem ser encarados como uma tentativa de “chamar atenção”, mas sim de expressão de sofrimento.
* Queda do rendimento escolar: um dos sintomas da depressão é a falta de concentração e de atenção, e isso resulta em queda do rendimento escolar, notas baixas, perda do interesse nos estudos.
* Falas de morte e ideação suicida: infelizmente, o suicídio é uma importante causa de morte em jovens. É a 7ª causa de morte entre 10 e 14 anos e a 3ª causa de morte entre 15 a 19 anos. Qualquer fala ou tentativa de suicídio deve ser encarado como uma emergência médica.
Nunca devemos subestimar sinais de depressão na adolescência, achando que trata-se apenas de uma fase, e que “vai passar”. Se há depressão, ela precisa ser tratada. Na dúvida, procure um médico psiquiatra!