Árvores cortadas no Planalto geram polêmica com moradora

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    Na semana retrasada, cerca de 50 árvores foram arrancadas na praça entre o Jardim Capricórnio e Planalto, onde será construída uma nova Unidade Básica de Saúde (UBS). A denúncia é de Noemia Lelis de Freitas (67), ecologista, pesquisadora de sementes e solos e escritora de livros infantis, que foi a responsável pelo plantio dessas espécies.


    Noemia, que mora em Rolândia há mais de 35 anos, contou que foi autorizada a plantar árvores no local há 15 anos pelo diretor da secretaria de Meio Ambiente. “Ele me cedeu aquele espaço dizendo o seguinte: pode plantar ali todos os tipos de árvores nativas, porque ali vai ser uma praça. Plantei peroba rosa, cedro, ipês, caviúna – que é o símbolo de Rolândia e ninguém sabe disso – plantei pau-brasil, marfim…”, descreveu. “Tenho fotos em que estou plantando”, acrescentou a ecologista.

    Com sua vasta experiência – ela trabalha com sementes e planta árvores há 22 anos – Noemia justificou que a retirada das árvores é irregular. “Eles arrancaram a metade das árvores”, afirmou. O ipê, uma das variedades arrancadas, não tem mais sementes disponíveis, segundo a ecologista. “Uma pessoa que corta uma árvore daquelas, com a sombra que ela dava, com o tronco naquela estrutura, ela nunca mais vai conseguir plantar uma árvore daquela”, lamentou.

    Noemia relatou que procurou o prefeito para questionar a atitude do Poder Público em relação às árvores do local e não foi recebida no horário previamente agendado. “Ele recusou de me atender porque eles sabem que eu tenho conhecimento do que eles fizeram”, alegou.

Luiz Antônio Soares, secretário de Meio Ambiente, explicou o motivo da retirada das árvores. “Elas foram cortadas pela nossa secretaria a pedido do Planejamento, porque vai sair uma UBS lá, que a população inteira quer. Nós optamos então por cortar as árvores ao invés de deixar sem construir a UBS”, declarou.


    O secretário ainda afirmou que os funcionários de carreira da pasta que já atuavam no período em que Noemia pediu autorização para o plantio, a aconselharam do contrário, já que a área institucional poderia ser usada futuramente para construção – como aconteceu agora com a UBS. As árvores mais novas conseguiram ser “salvas”. “Muitas árvores que foram retiradas lá foram replantadas depois, mas tivemos que cortar algumas, não tinha outro jeito”, afirmou Luiz.

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