A terça (04) foi o primeiro dia de oitivas da Comissão Processante (CP) da Câmara de Rolândia contra o prefeito afastado Luiz Francisconi (PSDB). As acusações sob investigação envolvem a licitação do contrato do armazém do IBC, cuja concessão de uso do espaço pela União foi solicitada em 2016, logo no início do primeiro mandato de Francisconi. Ao invés de usar o imóvel em prol do município, a licitação teria sido direcionada promovendo vantagem indevida de R$ 150 mil doado pela empresa vencedora, cujo valor foi repassado à campanha de reeleição de Francisconi em 2016.
No total, segundo o presidente da CP, vereador Irineu de Paula (PSDB), sete testemunhas foram ouvidas. Pela manhã, foram ouvidas todas as testemunhas da denúncia: Milton Facione (ex-secretário), Francisco Ramos (ex-secretário de Finanças) e Rozimari Podanoschi Veronez (ex-secretária de Assistência Social) e o servidor do setor da Licitação, José Augusto.
No período da tarde, foram ouvidas três testemunhas de defesa: Dário Campiolo (ex-secretário de Desenvolvimento), Carlos Frederico Reis (ex-procurador) e Marcos Rogério Gabriel (atual secretário de Finanças). Barbosa Neto, ex-deputado federal, também seria ouvido à tarde, mas não compareceu.
A defesa recebeu o prazo de 10 dias e também indicou algumas testemunhas a serem ouvidas. Elas receberam ofícios questionando se eles têm conhecimento sobre os fatos da acusação e aguardando as respostas para efetivá-los ou não como testemunhas de defesa. “Primeiramente, foi solicitado para ver a pertinência e o que eles sabem de fato para trazer à comissão em informações”, explicou o presidente. Entre as testemunhas de defesa, constam nomes da política estadual, como os deputados Ademar Traiano, Luiz Carlos Hauly, Valdir Rossoni e o presidente da Ceasa.
O próximo passo da CP é encerrar as oitivas e então a defesa receberá um prazo para sua alegação final. “Após isso, a Comissão vai apresentar seu relatório final e depois do relatório, é direcionado à Câmara e o presidente fará uma sessão para a votação da aprovação do relatório e cassação”, detalhou Irineu. Uma seguna oitiva já aconteceu na sexta-feira (07), já que a Comissão está fazendo o possível para respeitar o prazo e concluir a CP em 90 dias.