Não dá pra dizer que foi um ano brilhante, daquele revolucionário, mas se dá pra pescarmos alguns destaques nos lançamentos podemos citar algumas: Barry nos entregou uma dramédia na medida sobre um assassino de aluguel que quer ser ator de teatro. Netflix e Amazon também surpreenderam com os ótimos terror/drama A Maldição da Residência Hill e o thriller estrelado por Julia Roberts, Homecoming, respectivamente. A Netflix ainda nos deu de bônus o ótimo e pra toda família remake de Perdidos No Espaço enquanto a Amazon nos entregou a competente – apesar de meio arrastadinho – adaptação de Philip K. Dick: Eletric Dreams.
Entre os seriados que já estão aí há um tempo os destaques são meio os de sempre: Handmaid’s Tale teve uma segunda temporada com o mesmo primor da primeira, The Americans encerrou seu arco como uma das melhores séries dos últimos anos e Better Call Saul melhora a cada temporada que se aproxima mais de Breaking Bad. Ainda temos Black Mirror, The Crow, Ozarks, Frontier e Mr. Robot; todas séries que merecem seu tempo.
Entre as bombas nada muito surpreendente também, 13 Reasons to Why teve uma primeira temporada badalada e bem feita, uma história fechada que acharam legal inventar uma continuidade, não rolou. House of Cards terminou melancolicamente a espetacular trajetória dos Underwoods. Sem Kevin Spacey a série perdeu 80% da sua força e apesar do elenco maravilhoso a série que já foi considerada uma das melhores do mundo se tornou simplesmente irrelevante. Nem vou falar das séries de heróis porque não aguento mais.
Aí temos aquele limbo, onde a série não foi ruim, mas decepcionou. Altered Carbon prometeu muito, uma trama cyberpunk espetacularmente ambientada e produzida, além com um bom elenco e um protagonista carismático, mas teve um final tão ruim que passou despercebido. Westworld teve uma primeira temporada brilhante e apesar de ainda muito boa, não conseguiu entregar metade na segunda – não que fosse fácil.
Samuel M. Bertoco é formado em Marketing e Publicidade