Rodrigo Santos Batistoni, 19 anos, foi preso no final da tarde da sexta-feira (08) em Arapongas, acusado de ter atropelado Vanessa do Prado Alves Machado, 33 anos, na madrugada do domingo (03). Vanessa foi internada na UTI do Honpar e faleceu na quarta-feira (06), às 15 horas – Rodrigo não prestou socorro e fugiu.
A prisão preventiva foi decretada na tarde de sexta-feira, pedida pelo delegado Ricardo Jorge, e a Guarda Municipal de Arapongas conseguiu prendê-lo em menos de duas horas. “Ele estava fora da cidade, e voltou na sexta mesmo, quando foi delatado”, afirmou o delegado. O irmão do acusado tentou impedir que os guardas prendessem Rodrigo e também foi levado para a delegacia por desacato.
“Rodrigo foi interrogado na presença de seus advogados e admitiu que era o condutor da saveiro branca que eu atropelou Vanessa, o veículo está em nome dele”, ressaltou o delegado. Rodrigo também disse que não tinha intenção de atropelar a vítima e que não sabia que estava na contramão, na rua Francelho, onde ocorreu o atropelamento. “Rodrigo disse que fugiu pois estava muito nervoso e não sabia o que fazer”, afirmou Ricardo Jorge. O delegado revelou que Rodrigo se mostrava arrependido e teria chorado durante seu depoimento.
Parecia GTA
Uma testemunha revelou, em seu depoimento, que o atropelamento parecia uma cena do GTA, game em que o motorista sai atropelando pessoas. “A testemunha contou que iam caminhando na faixa de estacionamento de veículos e que estavam próximos do carro deles, que os protegia. Se o motorista tivesse vindo em linha reta, como as câmeras mostram, ele teria batido nessa carro estacionado, mas não, ele desvia do carro e bate nos pedestres, por isso a testemunha disse que parecia o jogo de GTA”, ressaltou o delegado.
Em seu depoimento, Rodrigo afirmou que ficou nervoso e não sabia o que fazer e saiu da cidade. Na sexta-feira pela manhã, o advogado de Rodrigo havia apresentado o veículo, que está com o para-brisa quebrado. “Juridicamente e eticamente falando, a pessoa tem de prestar socorro, o mínimo que se espera de uma pessoa que provoca um acidente é que preste socorro, e não foi o que aconteceu”, afirmou o delegado Ricardo Jorge.
As diligências continuam e a polícia busca mais imagens e informações e outras testemunhas que revelem os passos do Rodrigo antes do atropelamento, onde ele estava. “Vale lembrar que era carnaval e ele nega que tenha ingerido bebida alcoólica. Vamos apurar isso e demonstrar se houve dolo eventual ou não”, resumiu o delegado. A polícia de Arapongas continua investigando e tem 10 dias pra conclusão de inquérito, prazo em que termina a prisão preventiva de Rodrigo.