Na edição da semana retrasada (719 de 15/03/2019), o Jornal de Rolândia publicou a matéria intitulada “Atenção especial para alunos autistas na rede municipal”, em que aborda a atenção dada pela Secretaria de Educação de Rolândia aos alunos especiais. A matéria foi ilustrada pela imagem do banner abaixo. Dessa maneira, podia-se inferir (se não se atentasse à legenda da foto) que o banner seria da rede municipal de ensino e que estaria em todas as escolas e CMEIs, o que não corresponde à realidade.
  Na verdade, o banner foi criado e pago pelo pai de um aluno autista que estuda na escola municipal Maria Teixeira George, com a anuência da diretoria da escola. Dessa maneira, o banner (a foto foi enviada pelo próprio do aluno) só está naquele estabelecimento escolar de Rolândia.
  O Jornal de Rolândia pede desculpas às pessoas que se sentiram ofendidas com a publicação e reitera que essa associação (entre o banner e a secretaria municipal de Educação) nunca foi a intenção do JR.
  E mais, parabenizamos os pais do aluno pela iniciativa e que sirva de exemplo para outros pais.
Segue abaixo a matéria publicada na semana passada:
  Atenção especial para alunos autistas na rede municipal
  Autistas têm direito a um profissional de apoio em sala de aula para ajudar nos déficits de atenção, concentração e comunicação, ajudando na aprendizagem
  Rolândia conta com 27 alunos autistas matriculados na rede municipal de ensino, em oito escolas municipais e quatro CMEIs. Eles tĂŞm direito a um profissional de apoio dentro de sala de aula para mediar a aprendizagem, em pontos nos quais os autistas precisam de mais atenção.Â
  Por lei, os autistas tĂŞm direito a este apoio na escola regular, desde que entreguem um laudo mĂ©dico no ato da matrĂcula. “As crianças que tem laudo do transtorno do espectro autista tĂŞm dĂ©ficits no desenvolvimento, em questões como atenção, concentração, interação social, comunicação e comportamentos repetitivos e estereotipados”, explicou Sandra Regina Carriel, gerente da Educação Especial da secretaria municipal de Educação.Â
  A escola observa o comportamento desse aluno em relação Ă comunicação, hábitos e atenção e se houver necessidade, abre uma demanda junto Ă secretaria de Educação para que eles destinem o profissional de apoio. O mesmo processo acontece quando os alunos chegam Ă rede estadual, mas a análise do caso e destinação do profissional Ă© feita na capital paranaense, pela secretaria estadual de Educação.Â
  Segundo a legislação estadual, os autistas podem ser atendidos em cronograma. Com isso, os profissionais de apoio muitas vezes se dividem para atender os autistas que estĂŁo em salas e sĂ©ries diferentes, ou atĂ© mesmo em escolas distintas. Eles se revezam dividindo por perĂodo ou por dias da semana para estar com cada um dos alunos, quando nĂŁo há disponibilidade de contratação de mais profissionais pelo poder pĂşblico. “Por exemplo, se sĂŁo dois autistas na mesma escola em sĂ©ries diferentes, esse profissional fica meio perĂodo com um e meio com outro”, exemplificou Sandra. Apesar de terem o profissional de apoio, o processo de aprendizagem e planejamento das atividades do autista Ă© responsabilidade do professor regente da sala.Â
  Ainda, os estudantes autistas tĂŞm direito a frequentar a Sala de Recursos Multifuncional no perĂodo contrário ao que estĂŁo matriculados na escola. “É um apoio a mais na escolarização deles, com atendimento especĂfico para os transtornos e deficiĂŞncias. Cada escola monta o cronograma, mas geralmente sĂŁo dois atendimentos por semana de duas horas cada”, detalhou a gerente.Â
  Sandra lembra que os graus mais leves de autismo, a criança Ă© integrada ao ensino regular e em casos moderados e severos, a APAE fica responsável pelo atendimento escolar adequado. “A APAE tem atĂ© atendimentos clĂnicos, que nĂŁo temos, alĂ©m da parte pedagĂłgica especĂfica, com nĂşmero reduzido de alunos”, concluiu.Â