O lançamento da biografia do consagrado ator e diretor rolandense Elias Vicente Andreato, no último dia 08 de abril na livraria Cultura da Avenida Paulista, em São Paulo, contou com a presença de muitos famosos, mas especialmente de Iraci Aparecida Moers, sua prima que ainda reside em Rolândia. Ela soube do evento pelo Facebook e já entrou em contato com o primo, dizendo que queria estar no lançamento. “Quando avisei ele que eu iria, ele ficou muito feliz”, contou.
Elias é quatro anos mais novo que Iraci e depois da infância, ela o acompanhava pela televisão e só voltou a encontrá-lo pessoalmente em 2004. A prima aprovou o livro. “O jornalista escreveu muito bem a história dele, relatando a trajetória de vida e como ele ingressou na carreira, as dificuldades que ele teve”, contou. “Chorei lendo várias vezes. Através do livro, consegui conhecer ele, como se tivesse convivido com ele de perto, mesmo sem estar tão presente. Conheci o ser humano e profissional, a dedicação dele”, revelou Iraci.
A obra
O livro “Elias Andreato, A Máscara do Improvável”, do jornalista Dirceu Alves Jr., resgata a trajetória do rolandense de 64 anos em 192 páginas, na publicação da editora Humana Letra, à venda por R$ 43. Com 17 anos, ele entrou pela primeira vez em um teatro para ver o espetáculo “Rosa dos Ventos” de Maria Bethânia, despertando sua paixão pela arte. 25 anos depois, ela o aplaudiu pela primeira vez durante uma apresentação do solo “Oscar Wilde”, dando origem a uma amizade que culminou no convite para elaborar um roteiro e dirigir o espetáculo “Bethânia e as Palavras” (2010).
Após enfrentar a pobreza na infância, fez sua estreia profissional em 1977, na peça Pequenos Burgueses e trabalhou com diretores consagrados, tendo o humor como principal característica de seus personagens. Se consagrou em monólogos e ainda traz no currículo o privilégio de ter dirigido o autor Paulo Autran (1922-2007) em três espetáculos. Estreou como ator no filme Shock: Diversão Diabólica, de 1984, e na televisão na novela Helena, de 1987.
Andreato venceu a premiação de melhor ator no Prêmio Shell, na Associação Paulista de Críticos de Arte e na Associação dos Produtores de Espetáculos Teatrais do Estado de São Paulo, por “Sexo dos anjos” em 1990, e o Prêmio IBEU de melhor direção em 1996 por “Fantástikos”. O rolandense soma oito novelas e minisséries, atuação em mais de 15 filmes e mais de 20 peças como ator e diretor.