Mãe e avó de Eduarda prestam depoimentos e avó é presa

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   A tarde desta terça-feira (30) reservou mais capítulos para o caso Eduarda Shigematsu (11), encontrada morta no domingo (28) e cujo pai, Ricardo Seidi, está preso por ocultação de cadáver. O delegado Bruno Rocha ouviu os depoimentos da mãe de Eduarda, Jéssica Pires, e da avó paterna da menina, Tereza de Jesus Guinaia, que foi presa temporariamente depois de falar com a polícia. A avó, com quem Eduarda morava, foi encaminhada para o 3º Distrito Policial em Londrina, por motivo de segurança. Tereza foi a responsável por registrar o Boletim de Ocorrência sobre o desaparecimento da neta.

   “A avó negou e disse que desconhecia o destino de Eduarda quando registrou o Boletim de Ocorrência”, afirmou o delegado Bruno Rocha. “Disse também que ficou surpreendida com a atitude do filho e que ela não tem participação nenhuma”, ressaltou. Tereza teria dito, ainda, que só ficou sabendo o que o filho tinha feito no momento da prisão em flagrante dele no domingo (28). O delegado também revelou que a prisão de Tereza havia sido pedida junto com a de Ricardo, também no domingo, e foi consequência do depoimento do próprio Ricardo.

   O delegado afirmou que Ricardo disse que avisou a mãe (Tereza) do acontecido no mesmo dia e que, mesmo assim, ela teria ido registrar o Boletim de Ocorrência para atrapalhar as investigações. Bruno também afirmou que as evidências que existem até o momento apontam que a avó não estaria na casa (rua Teixeira de Freitas) quando Eduarda foi morta. “Agora precisamos avançara nas investigações para saber das motivações e descobrir se, indiretamente, ela teve participação e para saber se ela se encontrou com o Ricardo na hora da ocultação do cadáver, na outra casa (rua Manoel Carreira Bernardino). Não temos todo o percurso para saber se ele parou em algum lugar”, salientou o delegado. 

Guarda da neta
   O delegado Bruno Rocha também falou sobre o porquê da Tereza ter a guarda da neta. “Essa foi a dúvida que ficou logo após o depoimento da mãe da Eduarda, Jéssica Pires. Nossa próxima diligência é solicitar a cópia do processo à Vara Civil para entender as razões disso, já que a Guarda foi deferida judicialmente.

Depoimento da mãe
   Jéssica Pires estava bastante emocionada e falou da relação com a filha e também sobre o comportamento do pai. Após o desaparecimento de Eduarda, Jéssica contou que a família se uniu para encontrar a menina, mas não imaginava que o ex-marido pudesse fazer algo mal contra a própria filha, – ela contou que achava que o rigor dele com Eduarda era por preocupação.

   “Ela [Eduarda] falava que ele era bravo, que ele esperava ela chegar da escola no portão de casa, mas eu achava que era preocupação de pai. Eduarda dizia que ele era frio com ela, não dava carinho, mas eu não achava isso estranho, porque ele era frio no casamento também”, afirmou a mãe de Eduarda.
A mãe revelou que durante a investigação chegou a falar para Ricardo que ele seria o principal suspeito pelas provas encontradas. “Cheguei a falar que pela lógica ele era o suspeito, mas ele disse que se sentia culpado por não ter dado a atenção que a Eduarda precisava”, afirmou.

   Eduarda foi encontrada enterrada, no domingo (28), com as mãos e os pés amarrados, e com um saco plástico na cabeça, na garagem de uma casa da família – ela estava desaparecida desde o dia 24 de abril.

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