A Justiça de Rolândia começou a ouvir as primeiras testemunhas do atropelamento que matou Vanessa do Prado Alves Machado, de 33 anos. Os primeiros depoimentos aconteceram na tarde desta quarta-feira (22). Vanessa foi atropelada na madrugada do domingo (03 de março) em Arapongas e veio a falecer no dia 06.
O acidente foi causado pelo motorista Rodrigo Santos Batistoni, 19 anos, preso desde o dia 08 de março. A vítima estava em um encontro religioso com o namorado, Daniel Machado, e um amigo, quando foi atropelada – os dois serão os primeiros a depor. Na sequência, na segunda-feira (27), será a vez de Rodrigo prestar seu depoimento, mas para a Justiça de Arapongas.
O namorado de Vanessa, Daniel Machado, afirmou que está quarta é um dia triste, pois teriam que se lembrar do fatídico “acidente” (as aspas são dele) que matou Vanessa. “É um momento muito difícil, mas esperamos que a justiça seja feita. A única coisa que desejamos é isto: Justiça. Um crime desses onde a pessoa assume o risco de matar alguém subindo numa via em velocidade excessiva e na contramão, visivelmente alcoolizado e fazendo ‘gracinhas’ ao volante, tem que receber uma punição exemplar para que a sociedade não tenha mais vítimas como a Vanessa, uma filha, irmã, mãe de três crianças e minha namorada. Ele ceifou todos nós proporcionalmente. Que Deus nos ajude”, relatou Daniel Machado.
Fernando Ivorlei Moreira, advogado de Rodrigo Batistoni, preferiu não quis se manifestar. Rodrigo, acusado do atropelamento, dirigia na contramão da rua Francelho e fugiu sem prestar ajuda alguma à vítima. Vanessa foi encaminhada em estado gravíssimo para a UTI do Honpar (antigo Hospital João de Freitas) em Arapongas, mas morreu três dias depois. Rodrigo foi detido na casa da irmã pela Guarda Municipal de Arapongas.
Durante interrogatório, o acusado afirmou que “não tinha a intenção de matar ninguém”. Na presença de seus advogados, Rodrigo admitiu que era o condutor da saveiro branca que atropelou Vanessa e que o veículo estava em nome dele. O acusado afirmou que não sabia que estava na contramão e que fugiu porque estava muito nervoso e não sabia o que fazer. Segundo o delegado de Arapongas, Ricardo Jorge, Rodrigo teria se mostrado arrependido e teria chorado durante seu depoimento.