Jornal Literária – por Ana Paula Silva
Olá, pessoal. Hoje vamos nos direcionar para uma conversa mais “polêmica” na área da literatura. A crítica literária como lugar de posicionamento técnico e sua diferenciação com a opinião e a subjetividade dos indivíduos.
Falar de crítica literária não é uma tarefa fácil, a própria palavra “crítica”, há muito, foi relegada a uma posição de negatividade, contudo, na literatura, revela-se como um campo fecundo de interpretações plausíveis sobre os textos literários.
Para além do termo, o papel da crítica é trabalhar com a linguagem e promover compreensão e prazer, conforme expõe T.S. Eliot em sua obra “As fronteiras da crítica”. A crítica serve também como farol, luz e direcionamento para os leitores, compondo a sua forma de ler e oferecendo possibilidades diversas de compreensão.
Mas, ao mesmo tempo que a crítica é importantíssima, também pode ser um terreno perigoso, pois ela possui em si alguns limites que, se ultrapassados, podem fazer com que se torne mera opinião.
Sobre isso, para diferir as duas coisas é imprescindível que o leitor se posicione enquanto sujeito ativo, isto é, até que ponto aquele texto está realmente se referindo a obra literária e até que ponto ele foge do sentido emanado por ela?
Além dessas questões, existe todo um estudo por trás de uma crítica literária, considerando o contexto histórico-social, o autor que a compôs e muitos outros assuntos que se referem à leitura literária.
Esse campo deve ser considerado como um manual interpretativo do texto literário. E deve ser valorizado no que concerne a sua posição de legitimação e compreensão da literatura.
Leiam críticas literárias, posto que, com elas, será ampliada, não só a interpretação da obra, mas a forma como é possível vê-la como simulacro de representação da nossa realidade.
Boas Leituras!!
Ana Paula Silva
Formada em Pedagogia e Letras e mestranda em Estudos Literários