A falta de cobradores nos ônibus metropolitanos da Viação Garcia vem causando atrasos de até 30 minutos nas linhas que vão para Cambé e Londrina e também para Arapongas e Apucarana há cerca de uma semana. As reclamações dos usuários motivaram o vereador João Ardigo (PSB) a apresentar um requerimento à empresa solicitando o retorno dos agentes de bordo ou estudos visando aprimorar o sistema de cobranças via cartão transporte.
Segundo uma das reclamações que Ardigo recebeu via WhatsApp, as linhas Rolândia-Londrina das 06h50h às 07h20 e Londrina-Rolândia das 17h50 às 18h35, de segunda a sexta-feira, estariam sem cobradores. “A linha do Metropolitano do horário das 18h10h via BR-369 entre Londrina e Rolândia atrasou quase 30 minutos devido à falta do cobrador e a um grande fluxo de passageiros nesse horário. Aí fica complicado”, diz a mensagem que o vereador recebeu de uma usuária.
Mesmo com os ônibus passando em horário normal, o motorista fica ocupado para receber os valores, contar e fornecer o troco nos embarques, o que toma muitos minutos do trajeto e causa transtorno aos passageiros. “Muitas pessoas estão chegando atrasadas no serviço por causa disso”, justificou o vereador.
A empresa – A reportagem do JR entrou em contato com a Viação Garcia, que afirmou fazer acompanhamento técnico diário da operação das linhas metropolitanas, avaliando os serviços prestados, bem como a utilização em termos estatísticos de passageiros por linha, por horário e a forma de pagamento.
“Após estudos realizados do controle de bilhetagem eletrônico, identificamos que em alguns horários o número de passageiros com pagamento em dinheiro está abaixo da média de 27 pagantes por horário, que torna desnecessário a manutenção do cobrador. Importante observar que a mudança ocorreu apenas em duas linhas, sendo que essas linhas já operavam sem o cobrador em alguns horários”, diz a declaração do setor de Comunicação e Marketing da empresa.
A Garcia também informou que os cobradores destas linhas não foram desligados até o momento e serão realocados conforme a rotatividade e oportunidades internas. “Não descartamos a possibilidade de redução dos que não forem enquadrados nas oportunidades. Os reajustes salariais são tratados por ocasião do Acordo Coletivo da categoria, negociado com o Sindicato anualmente”, concluiu a nota.