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Pesquisadores alemães visitam Rolândia em busca dos Hunsrücks

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    Um Intercâmbio Cultural Brasil-Alemanha entre a Universidade Estadual de Londrina (UEL) e a Universität Koblenz-Landau vai trazer 11 pesquisadores alemães a Rolândia nos próximos dias. “O que aproximou os pesquisadores das duas instituições foi justamente a questão da experiência histórica de alemães aqui no norte do Paraná”, explicou o professor da UEL, Marco Antonio Neves Soares. Os germânicos estarão acompanhados de nove pesquisadores locais e dois professores em atividades acadêmicas e de extensão em campo na região.

    O objetivo dessa “escola de verão” é refletir sobre o norte do Paraná como o refúgio de tantos alemães. “Vamos discutir as questões entre memória, espacialidade, lugares de memórias, histórias e experiências traumáticas, porque boa parte do povo estabelecido aqui no norte do Paraná vem devido a perseguições do nazi-fascismo na Alemanha”, detalhou Marco.

    A primeira atividade do grupo de estudantes de graduação, pós, mestrado, doutorado e professores alemães no Brasil será no sábado (02) em Rolândia. Às 9h, a programação começa com a visita ao Museu Histórico de Rolândia. Em seguida, às 10h, eles partem para conhecer o Cemitério San Rafael e seguem para o almoço em um tradicional restaurante de Rolândia, O Garfo.

    Após almoçarem, às 14h, a comitiva segue para o distrito de São Martinho, onde se encontra o maior interesse dos pesquisadores: a presença de população Hunsrück. “Segundo antropólogos, Hunsrück é uma visão de mundo que implica numa língua e cultura específicas e formas deles se relacionarem com outras pessoas”, explicou o professor. A família Becker, do distrito, será entrevistada e serão feitos registros e recolhimento de documentação.

    No domingo (03), os pesquisadores conhecerão um pouco mais da cultura de Londrina e de segunda (04) a quarta (06), eles estarão em palestras e atividades acadêmicas na UEL. Na quarta (06), inclusive, Rolândia é o tema de uma das sessões de debate: “A história oficial e não-oficial de Rolândia no norte do Paraná”. Os participantes serão o professor Marco Antonio e Lúcio Tadeu Mota (UEM) com mediação de Giovanni Cirino (UEL).
Alemães na Bimini

    Na quinta (07) e sexta (08), a comitiva terá uma longa programação na Fazenda Bimini de Rolândia. O tour pela fazenda e apresentações ocupará toda a manhã, com guia de Daniel Steidle and Ruth Kirchheim. O almoço será em um restaurante rural. Às 15h, eles retornam para a exibição de um filme e discussão sobre a história e atuais lutas do povo Kaingang com Luís Mioto. Lea Tosold também apresentará e guiará a discussão sobre as estratégias de resistência da população Munduruku e Ribeirinha. Já à noite, às 19h, eles participarão da “Cultural Evening 1.0”, encontro organizado pelo Cônsul Honorário de Rolândia.

    Na sexta (08), o grupo passará parte da manhã na Fazenda Bimini e, às 10h45, seguem para a casa de Titti Maier e visitam a propriedade da família e depois seguem para o almoço. Às 15h, a atividade “Koblenz postcolonial” será conduzida pelo estudante Schmitt com Ina Kerner e A. Ackermann, para discutir essa e outras iniciativas de cidades alemães em prol da recordação do passado colonial alemão.

    A discussão seguinte, às 17h, é sobre o futuro de Rolândia, entre uma cidade alemã e possível cidade verde. Estão confirmadas as participações de Adrian von Treuenfels, Daniel Steidle e outros representantes rolandenses. A última atividade será a festa de despedida do “Cultural Evening 2.0”, ainda na Bimini.

    O professor agradeceu o apoio institucional das duas universidades, além da Proex, Prefeitura do Campus, Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais e História, Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica. Os agradecimentos também foram estendidos à família Steidle e Kaphan.

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