O município de Rolândia está prestes a entrar em epidemia de dengue oficialmente. A Secretaria Municipal de Saúde divulgou os novos números nesta quarta-feira (19): o município tem 129 casos confirmados e 1205 casos suspeitos notificados. Rolândia tem que chegar a 190 casos para que se declare em epidemia – a média é de 300 casos para cada 100 mil habitantes.
“Apesar de não estarmos oficialmente em epidemia, já nos consideramos nela, pois chegarão mais casos positivos certamente”, explicou Rafael Dias, gerente de Epidemiologia da Secretaria de Saúde de Rolândia. A única “boa notícia” é que o número de notificações deram uma arrefecida, ou seja, houve uma queda no ritmo das notificações, que estava sempre em crescente.
Sobre o número de casos de dengue, o diretor explicou que a Saúde só pode falar dos casos oficialmente, a partir dos exames em laboratórios de referência, no caso o Hospital Universitário e Lacen (Laboratório Central do Paraná). “Só aí podemos falar que o caso é positivo a partir de um desses laboratórios. Por isso há muitas notificações que precisam ser analisadas pelo HU e Lacen e só depois disso podemos afirmar”, ressaltou Rafael.
Sobre laboratórios particulares, Rafael esclareceu que a Epidemiologia tem acesso a todos os exames feitos nesses locais. “Se acaso uma pessoa procura o laboratório e o resultado do exame é dengue, o laboratório tem que nos comunicar em até 24 horas. Isso é lei”, enfatizou o gerente de Epidemiologia.
Uma série de mutirões de combate ao mosquito Aedes aegypti foi iniciada pela prefeitura de Rolândia nesta terça-feira (18). A ação é da Secretaria de Saúde, em parceria com as demais secretarias da Prefeitura, e começou na região dos Cinco Conjuntos.
“Só a ação de coleta de material envolveu cerca de 90 servidores”, explicou Ligia Motta, coordenadora dos Agentes de Endemias. Os Agentes de Saúde também estão empenhados no mutirão, que começou cedo, às 8h3o da manhã. “Só até as 16 horas, retiramos dois caminhões de material. Isso sem contar o que era levado pela pá carregadeira”, ressaltou Alécio Quinhone, gerente da Vigilância Ambiental.
O mutirão tem visita às casas informando a população sobre o enfrentamento ao mosquito, além de fazer busca ativa e remoção de eventuais criadouros. São esses possíveis criadouros que estão sendo levados pelos caminhões.
O mutirão daquela região só termina quando tudo estiver limpo, por isso os agentes devem ficar pelo menos até a quarta-feira (19). Na sequência, o “batalhão” atravessa a BR-369 e vai para a região do jardim Santiago. Uma vez terminada aquela região será a vez do distrito de São Martinho passar pela ação, novamente. Outras ações pontuais também estão sendo feitas pela Saúde de Rolândia.