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Agora sem CNPJ, Amare Rolândia luta por um local físico

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    A Associação de Mães Especiais de Rolândia (Amare), que durante anos funcionou de modo legal, com CNPJ ativo e cumprindo com todas as despesas e obrigações contábeis necessárias, precisou encerrar a empresa com o nome jurídico. Hoje, a entidade atua informalmente dentro do município de Rolândia.

    Cinthia Forzan, fundadora e presidente da Associação, falou com o JR sobre essa questão e explicou os motivos que levaram toda a diretoria a atuar de maneira informal. “Hoje a Amare precisou encerrar toda essa parte legal, pois nunca tivemos nenhuma ajuda por parte do município, ou de qualquer outro órgão. Temos uma demanda muito grande de famílias que nos procuram pedindo apoio, mas, em contrapartida, não recebemos nenhum auxílio do Poder Público”, explicou a presidente.

    Neste momento, a ajuda fornecida à associação vem de todas as mães que formam a Amare e que contribuem mensalmente com a mensalidade de R$10,00. A entidade foi criada por uma avó e uma mãe de uma criança autista, que trocando experiências, viram a necessidade de maiores informações e orientação, e posteriormente foi ampliada para receber mães e crianças com outros tipos de deficiência.

    Espaço físico
    A Amare permanece realizando as reuniões a cada dois meses, e atuando com parcerias que fornecem descontos para as crianças com algum tipo de deficiência. “Mais ações poderiam ser feitas se tivéssemos algum tipo de apoio”, ressaltou Cinthia. “Se nós tivéssemos ao menos um pequeno espaço para trabalhar, poderíamos oferecer um atendimento às famílias que diariamente nos procuram. Muitas pessoas são encaminhadas até nós por meio de CAPS, mas, neste momento, não temos recursos para oferecer o que elas precisam”, afirmou a presidente.

    A tesoureira da associação, Lourdes Albara, explica que há quatro anos a entidade vem reivindicando um espaço, e mesmo com muitos esforços por parte de todas as mães que atuam na diretoria, nada foi fornecido a elas até hoje. “Nós até tivemos a chance de receber algum recurso do Conselho de Deficientes, porém, sem um espaço físico não era possível recebermos esse dinheiro. Fomos até a prefeitura, procuramos vereadores, mas a gente acabou desistindo”, desabafou Lourdes.

    Um grande grupo de apoio
    Atualmente, a Associação tem mais de 100 mães associadas, que possuem filhos e filhas com as mais diversas deficiências, entre elas, o Transtorno do Espectro Autista (TEA) e a Síndrome de Down. O objetivo da Amare é promover o conhecimento das deficiências e ajudar todas estas mães e as famílias em geral, e alertar a sociedade para acolher as pessoas com deficiência e podermos dar uma melhor qualidade de vida às pessoas portadoras de necessidades especiais.

    A presidente afirma que a maioria das famílias que procuram a entidade buscam não só o apoio emocional e entendimento sobre o assunto, mas também atendimento profissional para seus filhos e auxílio com medicamentos, visto que o mesmo não é devidamente oferecido para todos que necessitam. Lourdes também explicou que a Lei nº 13.146, de 6 de julho de 2015, que institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência, garante um atendimento com todo suporte necessário para pessoas com deficiência moderada a severa.

    “Um exemplo disso é a APAE de Rolândia que recebe casos moderados e severos. Lá eles têm fonoaudiólogos, psicólogos, terapeutas e toda uma equipe multidisciplinar. Entretanto, para casos leves ou até mesmos alguns moderados, a lei da inclusão pede que essas pessoas sejam atendidas pelo município, porém, pela ausência destes profissionais, muitos casos são encaminhados para nós, que não temos qualquer suporte para recebê-los”, exemplificou Lourdes.

    A tesoureira ainda ressaltou que esses atendimentos de terapias, essenciais às pessoas com deficiência, é uma responsabilidade do Poder Público que, neste momento, não está cumprindo com aquilo que a lei exige. “Não acho justo que essa situação permaneça deste modo. O CAPS precisa ter terapeutas ocupacionais e psicólogos para atender a população, e neste momento, algumas pessoas chegam a esperar três anos na fila para receber o recurso. O dever é dos órgãos públicos em fornecer este apoio e este atendimento”, afirmou.

    Ajude e apadrinhe
    Além da necessidade que a presidente destacou sobre um espaço para atender as crianças, e também as mães, é possível contribuir com a entidade apadrinhando alguma criança e oferecendo a ela algum tipo de atividade, para a qual a AMARE possui descontos especiais.

    “Temos parcerias com aula de natação onde o valor mensal é de R$ 85,00 com duas aulas por semana, bem como a equoterapia, em parceria com o Haras Locatelli, que tem um valor mensal de R$ 140,00 com um atendimento por semana. Se alguém quiser nos fazer uma doação em dinheiro, também aceitamos e repassamos para alguma família que precise”, explicou Cinthia. Para entrar em contato com a Amare, acesse o Instagram através do @amarerolandia ou ligue para os contatos (43) 9.9836-6971 e 9.9984-5595.

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