A pequena Beatriz Roque, de sete anos, mostrou que solidariedade não tem idade. A rolandense, moradora do conjunto Tomie Nagatani, juntou lacres de alumínio por mais de um ano e foi levar a sua doação para a campanha de recolhimento de lacres do JR, chamada “Lacre com Amor”, na quarta-feira (06). Filha de Marcos Vinicius Roque e Bruna Maysa Alves, e aluna da 2ª série da Escola Municipal Dr. Vitório Franklin, Bia foi até a redação do Jornal de Rolândia acompanhada de sua avó, Cinthia Forzan, presidente da Amare (Associação de Mães Especiais de Rolândia).
A pequena engajada contou que sempre sua professora orientava a ela e a seus colegas a guardarem os lacres para poderem depois, com esses pequenos objetos, fazer a diferença na vida de alguém. “Depois de ouvir isso da minha professora, eu comecei a juntar os lacres. Quando fui para o 1º ano eu já comecei a juntar e agora que estou no 2º ano, conseguir juntar um monte. Muitas pessoas que me ajudaram a juntar os lacres também”, afirmou.
Agora, a doação da Beatriz será encaminhada para os Rotarys aqui de Rolândia, juntamente com outros lacres recolhidos pela campanha Lacre com Amor, do JR – há painéis de recolhimento de lacres no Café da Esquina (Expedicionários 270) e no Posto Talismã (em frente à AABB). Esses lacres (a cada 80 quilos) são trocados por cadeira de rodas e doadas para quem precisa.
Beatriz conta que conhece algumas pessoas que já usam cadeira rodas e se sente feliz em saber que poderá ajudar outras que também precisam da cadeira, mas não têm condições de comprar. “Eu faço parte da Amare e lá eu sempre vejo muitas pessoas que precisam usar a cadeira, crianças também”, revelou.
Para quem ainda não conhece o projeto, os clubes arrecadam lacres de metal de latinhas de refrigerantes, cervejas, sucos e enlatados (leite condensado, atum, molhos, etc). Os lacres são colocados em garrafas PET, identificadas com um rótulo exclusivo da campanha. A campanha do JR “concorre” com essas campanhas dos clubes de serviços rolandenses.
A campanha tem cunho social, assistencial e de preservação do meio ambiente. O reaproveitamento do material pela indústria metalúrgica possibilita a fabricação de outros artefatos de alumínio e combate o descarte nocivo do metal no meio ambiente. As cadeiras de rodas obtidas serão cedidas a quem necessitar, dentro da disponibilidade do clube, pois muitas pessoas procuram os companheiros do Rotary para essa assistência.
Que tal se inspirar nesta linda atitude da Beatriz, e também ajudar o próximo que tanto precisa?