O setor da Educação não é mais o mesmo depois da pandemia do coronavírus (Covid-19). Em comum, professores e alunos passaram a adotar tecnologias educacionais de maneira mais constante (quando a infraestrutura permite) durante esse período. Mesmo com certa facilidade que alguns destes profissionais têm com as ferramentas digitais, o cenário é desafiador, e exige muito de todos os educadores.
A professora Carolina Gorla Fernochi, 32 anos, é formada em História e pós-graduada em Cinema Documentário pela Fundação Getúlio Vargas (FGV- CPDOC). Ela atua como professora de História desde 2009 na rede pública do Estado do Paraná e na rede privada. Em Rolândia, trabalhou nos colégios Alfa e Roland e, em Londrina, no colégio Portinari. “Sou de Rolândia, mas morei em algumas cidades como Mandaguari, onde fiz a graduação e comecei a dar aula. Em 2010 mudei para Curitiba e trabalhei nas escolas estaduais de Piraquara, ao mesmo tempo que cursei uma pós-graduação em História Cultural”, explicou Carolina.
Em 2012, morou no Rio de Janeiro onde estudou Cinema Documentário e, como conclusão do curso, idealizou e produziu o curta Cine Rolândia, exibido pelo canal Futura, documentário que reuniu histórias sobre o antigo e expressivo cinema de Rolândia. “Em 2016 fui para São Paulo, e estudei produção para cinema e TV na Academia Internacional de Cinema. Em 2017, voltei para Rolândia decidida a permanecer na área da Educação”, revelou.
Repensar a Educação
Experiente, cheia de bagagem e muito apaixonada pelo trabalho que escolheu exercer, a profissional se viu em uma situação inédita no começo da pandemia, quando as aulas presenciais foram paralisadas e, de um dia para o outro, todos precisaram reaprender a forma de se comunicar diante de uma “sala de aula virtual”. “No início do ano perdi as aulas e logo entramos na quarentena. Eu me vi sem muitas alternativas e possibilidades de ser contratada, já que as aulas passaram a ser remotas, por outro lado, foi um momento bem importante para repensar a educação”, ressaltou Carolina.
Em conversas com alunos, pais e até professores, Carolina percebeu que tanto a escola (incluso a parte pedagógica, professores, direção) quanto à família estavam enfrentando grandes dificuldades com o ensino remoto. “Embora os alunos possuam uma grande intimidade com a tecnologia, enfrentaram e ainda estão enfrentando o desafio de estudar em casa sem a orientação presencial do professor”, afirmou.
O começo de uma ideia
Foi diante de todas estas adversidades que ela resolveu iniciar um curso voltado para a área de Coach Educacional, que nada mais é do que uma modalidade de Coaching voltada tanto ao desenvolvimento dos professores e demais profissionais da Educação, em busca do melhoramento sócio emocional das crianças e adolescentes em idade escolar. “Realizei esse curso on-line no Instituto PHM, do Meu Dever de Casa, que é uma franquia de escolas de acompanhamento pedagógico. Aqui na região, tem uma unidade deles em Londrina, lá na Gleba Palhano”, explicou.
Através desse curso , a profissional pode encontrar mecanismos para, mais do que ensinar História para o aluno, ensiná-lo a estudar sozinho, manter uma rotina de organização, fazer exercícios que possibilitam a melhor aprendizagem, criar um ambiente adequado em casa, dentro da realidade de cada família. “Além disso, influenciada por alguns amigos professores, aproveitei o momento para gravar algumas aulas sobre temas históricos importantes, utilizando o Instagram e o Facebook como ferramentas para divulgar o conhecimento”, relembra.
Depois disso, Carol criou também uma página no Instagram @quehistoriaeessa para não só divulgar o trabalho desenvolvido por ela, mas também fazer postagens sobre história é sobre a história da nossa cidade. “Os conteúdos das páginas e as aulas que gravei estão disponíveis de forma gratuita. Usei este momento de pandemia para divulgar o meu trabalho e também modificar o meu olhar em relação ao setor da Educação que vem mudando tanto”, declarou.
Estudo personalizado
A professora também oferece atendimentos de estudo personalizado, acompanhamento pedagógico e psicopedagógico, de modo online, para contribuir com pais, alunos e professores e também ter uma fonte de renda nesse momento. “Também disponibilizamos aulas particulares na área de humanas, mas o foco é o acompanhamento pedagógico e a organização do estudo”, afirmou.
Reinvenção a longo prazo
Para a profissional é muito nítido que o setor Educação tem passado por intensas modificações, e isso vai permanecer na área por um bom tempo. “Na minha visão, o professor não pode ter só o conhecimento especifico da sua área, mas daqui para frente ele precisará compor um papel de apoio aos alunos, ensinando-os a terem autonomia para que consigam também estudar sozinhos”, assegurou.
Neste momento, Carolina também atua com alunos da Educação para Jovens e Adultos (EJA) pelo Estado e afirma já estar aplicando um método diferenciado em seu modo de ensinar. “Quando retomarmos o ensino regular presencial eu pretendo colocar isso em prática também”, revelou.
Para conhecer o trabalho da professora Carolina Gorla acesse seu perfil no Instagram: www.instagram.com/_quehistoriaeessa_/