Olá, leitor e leitora do JR
Assim como o racismo, o machismo está incrustado em nós, em nossas entranhas. Crescemos em um ambiente e mundo machista e não percebemos o quanto temos que mudar.
Mudar a cabeça de um machista, assim como a minha, é um exercício diário e que deve ser feito a todo momento.
Quando achamos que nossos pensamentos e opiniões machistas estão exterminadas, lá vem uma palavra ou pensamento que mostra o quanto somos assombrados por isso. Que mostra o quanto fomos, e somos, influenciados por esse mundo em que apenas a opinião do homem é válida.
Nessa semana, eu, José Eduardo, fui fazer uma live convidado pelo diretor do colégio Souza Naves, José Ricardo. O diretor queria falar sobre as aulas online e sobre os alunos que não têm assistido às aulas e nem feito as tarefas impressas.
Ao entrar ao vivo, soltei essa pérola: “Um assunto que as mães dos alunos deveriam saber”. As mães… As mães. Na sequência, segundos depois, emendei que os pais deveriam ficar atentos. Ok…
O caso é que nem havia percebido que havia falado “mães”. A palavra, e o machismo escrachado nela, veio à tona naturalmente. Ainda bem que quem se importa comigo e com quem eu me importo, viu e me chamou a atenção para a bobagem feita.
Como disse, para mudar a cabeça machista leva tempo e o machismo dormita, dormita e acorda ao menor ruído.
Então, peço desculpas às mulheres e às “minhas” mulheres. Aprendo a cada dia e espero sempre aprender mais.
Nesta edição, são cinco matérias com Realidade Aumentada.
Boa leitura e bons vídeos.
Josiane Rodrigues
Editora
José Eduardo
Editor