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Estudantes do Alfa fazem cartazes sobre racismo

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    Estudantes do 5º Ano do Ensino Fundamental Anos Iniciais do Colégio Alfa & Ômega, de Rolândia, realizaram uma atividade alusiva ao “Dia da Consciência Negra”, celebrado nesta sexta (20), e contra o racismo. Cartazes com frases sobre o tema foram confeccionados e depois foram expostos em várias lojas da cidade.

    De acordo com a professora Adriana Marcuz, no dia 10 de novembro os estudantes entregaram os cartazes no colégio. Depois de uma análise feita por ela e pela professora Juliana Pacagnan, ambas foram até os lojistas para solicitarem a exposição dos cartazes. “A ideia de colocar estes cartazes nos comércios é de fazer com que as pessoas repensem sobre o racismo, assunto que ainda é um tabu na nossa sociedade”, afirmou Adriana Marcuz.

    Adriana explicou que o projeto teve início no dia 29 de outubro. “Nós começamos trabalhando em cima de uma linha do tempo. Abordamos a questão da escravidão e depois abrimos um questionamento para entender se, mesmo em meio a uma democracia, os negros obtiveram de fato essa liberdade que ocorreu há tantos anos”, afirmou a professora.

    Adriana disse que o objetivo deste trabalho foi levar as crianças a entenderem o que é preconceito e o que é discriminação e descobrirem onde está inserida a raiz deste problema social. Após muitos debates e trocas de ideias, eles entenderam que o aspecto está fortemente inserido dentro dos lares junto às famílias. “Preconceito e discriminação foram as duas palavras chaves que nós trabalhamos neste período”, afirmou.

    A atividade foi realizada durante as aulas virtuais com os alunos. “Dentro do colégio essa atividade seria realizada com Power Point e estes cartazes que hoje estão no centro da cidade seriam inseridos dentro da instituição. Mas, mesmo diante da situação das aulas a distância, achei importante fazer essa atividade, especialmente para mostrar para a população da nossa cidade quais são os conteúdos que as nossas crianças estão aprendendo”, explicou.

    Adriana ainda pontuou que a atividade é também um resgate histórico para nos fazer lembrar quem foram os responsáveis pelas primeiras colonizações do Brasil. “Se temos essa mistura de etnias e culturas nos dias atuais é devido a este início histórico do país”, ressaltou.

    Viveu na pele
    O trabalho em questão também fez com que a professora relembrasse uma experiência de preconceito vivenciada por ela. “Lembro de uma vez que eu fui buscar o meu filho no próprio colégio em que dou aula e uma mãe que estava descendo junto comigo perguntou se eu trabalhava lá e eu afirmei que trabalhava. Depois disso ela me perguntou: e trabalhar na faxina é bom? Respondi que era professora, mas que devia ser bom porque via as meninas que trabalham com isso sempre bem felizes, então eu acredito que elas não têm nada do que se queixar”, relembrou. A mulher lhe pediu desculpas enquanto durou o trajeto até pegar seus filhos.

    Onde encontrar os cartazes?
    Os cartazes vão ficar expostos nas lojas do centro da cidade até sexta-feira (20), mas em alguns locais os lojistas decidiram que vão deixar fixados os registros por mais tempo. “Esperamos que com este trabalho a gente consiga trabalhar o respeito entre as pessoas e também plantar essa consciência nas crianças, e que elas tenham e entendem a importância deste respeito a diversidade”, finalizou Adriana.

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