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Segurança em piscinas, rios, lagoas e, até, no mar

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    O verão chegou e essa é a estação perfeita para relaxar e se divertir, mesmo com algumas restrições devido à pandemia. Além dos cuidados com o vírus que os banhistas precisam ter neste ano, é importante também não se descuidar da segurança já que as brincadeiras na água – apesar de deliciosas – podem se tornar perigosas. 

    O Jornal de Rolândia conversou com o tenente Justino, do Corpo de Bombeiros de Rolândia, que passou dicas para tornar o seu verão muito melhor e ainda mais seguro. A principal orientação do tenente é que as pessoas precisam buscar por locais seguros que sejam próprios para banho e demais práticas aquáticas. “O que nó sempre observamos é que as pessoas superestimam o poder de natação e subestimam o perigo que a água tem, até mesmo em piscinas, aparentemente mais seguro”, explicou.

    Piscinas
    Segundo Justino, acidentes nas piscinas podem ser facilmente evitados. Para isso, os cuidados são simples. No caso de ter crianças neste local de banho, os adultos responsáveis devem dar limites e ensinar algumas precauções para os pequenos antes da utilização dessa área de lazer. É imprescindível sempre ter um cuidador para a criança na piscina, que a ficará vigiando sem parar; avise a criança para utilizar a piscina de acordo com a sua faixa etária; piscinas grandes só podem ser utilizadas com a ajuda de um adulto, pois boias não reduzem o risco de acidentes; e se a criança comer, espere pelo menos uma hora para ela nadar novamente. No caso de piscinas coletivas, cada uma delas deve ter regras de utilização e segurança na convenção ou regimento interno. 

    Represas e lagoas
    O tenente explica que, mesmo que não haja correntezas nessas águas, é importante tomar muito cuidado ao nadar nestes locais, pois nunca se sabe a profundidade que ele pode ter. “Antes de nadar, o banhista precisa ter atenção, pois nunca se sabe se é raso ou fundo demais, se há pedras no fundo, troncos de árvores etc. Isso pode ser risco muito grande na situação em que as pessoas queiram pular, pois elas podem se machucar gravemente”, afirmou.

     Rios
    Já nos rios, a questão da correnteza é o que causa muita preocupação. “Muitas pessoas também subestimam o poder da água e tentam nadar contra a correnteza e acabam se afogando, o que pode muitas vezes levar a óbito”, alertou. Nesse sentido, antes de se banhar, informe-se sobre a correnteza e a profundidade do local; mesmo sabendo nadar, evite tomar banho em canal; nade apenas onde “dá pé”; siga as placas de orientação sobre os perigos dos balneários; evite ao máximo banhos em períodos de enchente ou em zonas de correnteza e fique atento também à profundidade e à correnteza, a pedras e galhos.

    Mar
    Neste período muitas famílias resolvem também ir para a praia e aproveitar o verão em um local diferente. No mar há muitas precauções importantes que devem ser rigorosamente cumpridas e respeitadas, para evitar qualquer risco de acidente. “Observe as bandeiras ou consulte os salva-vidas sobre as condições do mar, pois as cores identificam a situação nas águas. Tome banho perto das guaritas dos salva-vidas e se informe do horário que em eles estão nas guaritas e não mergulhe em locais de grande profundidade sem equipamento adequado”, orientou Justino.

    Alguém se afogando?
    O tenente também orienta sobre essa situação em que muitos casos de afogamento acontecem em sequência: uma pessoa tenta ajudar a outra e ambas acabam se afogando. “É muito importante que, ao se deparar com essa situação, a pessoa que está vendo a outra se afogar jogue para ela qualquer tipo de material flutuante. Pode ser uma prancha ou uma boia, mas vale também pedaços de isopor (como tampas ou caixas), bolas ou mesmo garrafas plásticas de refrigerante. Esses objetos ajudam a pessoa a se manter acima da superfície da água até ser resgatada”, afirmou. 

    Se a pessoa estiver próxima de outras, é possível também lançar uma corda ou esticar um galho, segurando uma das extremidades. “Quando ela agarrar a outra, puxe-a para fora. Os primeiros socorros para reanimar o afogado são a massagem cardíaca e a respiração boca a boca. Mas de qualquer modo, chame de imediato o Corpo de Bombeiros pelo 193, pois a pessoa vai precisar ser encaminhada para um hospital depois do ocorrido”, assegurou.

    O tenente Justino ainda pontua que a pessoa que está passando pela situação de afogamento não deve hesitar em pedir ajuda. “O socorro tem de ser pedido o quanto antes, não tenha vergonha de pedir ajuda, muitas vezes as pessoas têm vergonha de buscar esse apoio e isso acaba dificultando toda a situação”, alertou. 

    A estatística do Corpo de Bombeiros apresenta um aumento dos casos de acidentes com afogamentos neste período do ano. “Só no final de semana passado, nossas equipes foram mobilizadas em duas situações graves aqui na região. Uma delas resultou no óbito de uma menina de 13 anos na cidade de Jataizinho, e também fomos mobilizados para socorrer um homem de 53 anos, morador de Astorga, que se afogou e ainda estamos buscando pelo seu corpo”, revelou. 

    O tenente ainda recordou da última ocorrência de afogamento que resultou em óbito na cidade de Rolândia, que ocorreu no dia 21 de fevereiro na Lagoa do San Fernando. Na ocasião, o russo Denis Boiko Dimitrvch, de 25 anos, entrou na água para nadar, ficou bastante tempo na lagoa e se afogou. Após diversas horas de buscas, uma equipe dos Bombeiros encontrou o corpo.

    Alimentos e bebidas
    Por fim, o tenente também passou orientações sobre alimentação e bebidas alcoólicas que servem para todo e qualquer local que o banhista for frequentar. Segundo orientado, depois das refeições, espere pelo menos duas horas para entrar na água. Após a refeição, o sangue se concentra no estômago para auxiliar na digestão. O cérebro fica pouco vascularizado e, em situações de esforço (como a natação), está sujeito a um acidente vascular cerebral (derrame). Evite beber álcool e ir para a água, pois a ingestão do mesmo diminui os reflexos, e a pessoa alcoolizada tende a ficar mais corajosa. 

    Aproveite o verão com toda a segurança e desfrute de bons momentos com familiares e amigos, sem esquecer também do risco que estamos vivendo em meio a pandemia, onde as aglomerações estão proibidas e o uso de máscara de proteção individual precisa ocorrer durante todo o período fora da água. 

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