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Janeiro Branco: meta é cuidar de nós mesmos

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    No primeiro mês do ano, temos o costume de refletir sobre nossa história, o sentido e o propósito da vida, e também traçar metas para o novo ano que está por vir. Por isso, o mês foi escolhido para representar a luta pela saúde mental no Brasil: o Janeiro Branco. 

    Estima-se que 30 em cada 100 pessoas sofrem ou sofrerão, em algum momento da vida, problemas de saúde mental. Além disso, o Atlas de Saúde Mental 2017 da Organização Mundial da Saúde (OMS) identificou que há, no mundo, uma escassez de profissionais de saúde capacitados e de instalações de saúde mental nas comunidades.

    Segundo a psicóloga Marisa Pereira Bocate, 42 anos, a campanha é parecida com as demais que ocorrem durante o ano, como o Outubro Rosa e o Novembro Azul, e é relativamente nova: surgiu em 2014 com um grupo de psicólogos. “O objetivo da campanha é chamar a atenção para as necessidades relacionadas à saúde mental e emocional das pessoas”, explicou Marisa.

    A profissional também pontuou que a ação é uma forma de promover uma cultura de saúde mental, uma vez que o aspecto ainda não é tão abordado e tão popular quanto as demais campanhas de cuidados com a saúde. “O Outubro Rosa é muito conhecido. Em contrapartida, neste mês em que falamos de saúde mental, o assunto ainda é visto como um tabu para muitas pessoas, e por isso precisamos divulgar mais o tema e mostrar o quanto isso é importante para todos nós”, alertou Marisa.

    A saúde mental
    Muitas pessoas, quando pensam no tema “Saúde Mental”, fazem uma associação com “Doença Mental”. Entretanto, a saúde mental implica muito mais que a ausência de doenças mentais. Segundo a OMS, a saúde mental é o estado de bem-estar no qual uma pessoa consegue desempenhar suas habilidades, lidar com as inquietudes da vida, é capaz de trabalhar de forma produtiva e contribuir para a sua comunidade.

   “As pessoas sempre sofreram de transtornos mentais e de outras questões relacionadas à saúde mental, mas antes não havia um entendimento do que era isso. Antes nunca houve uma cultura em que as pessoas pudessem abordar mais sobre isso. Acredito que o que inviabiliza muito o tema é a ausência de falar sobre essas questões, e a negação da busca por ajuda por parte das pessoas que precisam de um apoio. Essa negação pode ocorrer pelo medo de sofrer preconceitos e de uma repercussão negativa da família e dos amigos”, alertou a psicóloga. 

    Resumindo, a saúde mental de uma pessoa está relacionada à forma como ela reage às exigências da vida e como lida com os seus desejos, capacidades, ambições, ideias e emoções. Um indivíduo mentalmente saudável compreende que não existe a perfeição e que todos possuem limites. 

    Nesse sentido, a psicóloga afirma mais uma vez que falar sobre o assunto é a ponte que permitirá mais visibilidade do tema em diversos ambientes da sociedade. “As pessoas também pensam que buscar ajuda pode ser sinônimo de fraqueza. Há uma grande dificuldade também no sentido das pessoas não aceitarem que estão com problemas e que precisam de apoio para poderem enfrentar certas questões”, ressaltou a profissional. 

    Como cuidar?
    Há uma série de estratégias que podem contribuir para esse cuidado com a saúde mental. “Praticar o autocuidado e criar o hábito de cuidar-se, aceitando-se como se é e vivendo a própria vida. É importante não nos compararmos com as outras pessoas, mas, sim, vivermos nossas próprias vidas”, orientou.

    Marisa ainda recomenda que a prática de uma atividade física, ou alguma outra ação que leve bem-estar para o dia a dia, também atua como algo benéfico nesta busca pelo cuidado com a saúde mental. “Adquirir novas habilidades e estimular o cérebro também são medidas que ajudam. Criar um novo hábito, como ir à academia, fazer um artesanato, tocar um instrumento, são também auxiliadores disso”, afirmou. 

    A psicóloga ainda ressaltou a importância de estar perto de pessoas de que gostamos, descansar, e reservar um tempo para relaxar. “Seja fazendo uma caminhada, assistindo um filme ou lendo um livro. É importante reservar estes momentos que proporcionem prazer. Além disso, prezar por um boa noite de sono e ter um estilo de vida saudável também ajudam neste processo”, explicou.

    Ao perceber que precisa de ajuda ou identificar que alguém que precisa, o ideal é procurar um profissional de psicologia, ao menos para uma avaliação. Ou então, fale com profissionais de saúde básica, familiares ou amigos. Enfim, não deixe de procurar ajuda.

    A Campanha
    O Janeiro Branco foi criado em 2014, em Minas Gerais, pelo psicólogo Leonardo Abrahão. Atualmente, a campanha conta com colaboradores em diversas cidades do território nacional e a aderência aumenta a cada ano Em janeiro, as pessoas têm a sensação de um recomeço, muitos planos e novo estilo de vida. Esse clima foi a base para que as pessoas começassem o ano pensando também em sua saúde mental. A cor branca representa um quadro ou página em branco. Significa o papel em branco, no qual escreveremos ou desenharemos uma nova história da saúde mental, sem os tabus e preconceitos que a cercam. Um novo começo!

    A profissional
    Marisa Pereira Bocate trabalha com psicologia clínica no Edifício Caviúna (rua Santos Dumont, 620, 7º andar, sala 72). A profissional também atua na Comunidade Terapêutica Vila Trindade, em São Martinho, onde trabalha com grupos e com clínica também. O telefone para contato é o (43) 9.8808-9279 e o seu perfil no Facebook é /psicomarisabocate.

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