Um incêndio, possivelmente criminoso, atingiu um terreno na região do Jardim do Lago, em Rolândia, na noite de terça-feira (23). Uma moradora do jardim Coliseu, que preferiu não se identificar, relatou que na noite do ocorrido havia muita fumaça no local, o que acabou incomodando muitas pessoas. “O fogo começou por volta das cinco da tarde. Começou com uma fumaça leve que foi aumentando aos poucos e atingindo bairros próximos, inclusive aqui no Coliseu”, informou a moradora.
A moradora afirmou que a fumaça estava muito intensa “estava quase insuportável de respirar” e havia algumas pessoas próximas ao local e até mesmo pescando no lago. “Não consigo confirmar se a ação foi feita por alguma dessas pessoas, e havia algumas que estavam próximas do incêndio, possivelmente apenas vendo a situação”, afirmou.
A mesma pessoa relatou que semanas antes do incêndio o local estava com mato alto. Após uma possível denuncia do terreno, uma equipe da prefeitura teria ido até o local fazer uma roçagem. “O serviço de roçagem foi feito, porém, o mato cortado foi deixado no terreno”, contou a moradora.
Em relato ao JR, a moradora ressaltou que a situação é frequente na região do jardim do Lago e sempre são registradas queimadas no local. “A partir do momento que o mato cresce, sempre vem alguém e acaba ateando fogo no matagal, o que prejudica muito a saúde de quem mora aqui. Eu mesma tenho rinite e sinusite, e passo muito mal quando isso acontece. Tenho muita falta de ar e enjoo porque o cheiro da fumaça é muito forte”, afirmou.
O incêndio em questão acabou atingido até mesmo um bambuzal e gerou muito incomodo para todos os moradores da região. “Algumas árvores frutíferas também foram afetadas com o fogo que realmente estava muito intenso. A pessoa que provavelmente fez isso, fez com a intenção de queimar tudo, e não só o mato deixado após a roçagem”, ressaltou.
O Jornal de Rolândia entrou em contato com o Secretário de Meio Ambiente e Agricultura, Audinil Maringonda Junior, e segundo ele, se confirmado que é um terreno público, o órgão faz um Boletim de Ocorrência, pois se trata de um incêndio criminoso.
“Se confirmamos que o terreno é particular, é realizado o mesmo procedimento. Esse ano multamos 62 lotes em um único bairro por causa de queimadas”, afirmou o secretário Audinil.