O ambientalista da Fazenda Bimini, de Rolândia, Daniel Steidle, irá produzir um filme intitulado: “Legado Pé Vermelho – Uma outra perspectiva sobre a história ao Norte do Paraná”. A ideia foi apresentada por ele na semana retrasada durante o lançamento do Ciclo Internacional De Palestras Ethel Kosminsky, promovido pelo Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica, do Centro de Letras e Ciências Humanas (CCH), da Universidade Estadual de Londrina (UEL). O ciclo ocorre desde o dia 20 de abril e vai até 26 de outubro, e os encontros acontecem por meio do canal do evento no YouTube.
Em sua rede social, Daniel publicou a novidade e demonstrou grandes expectativas com o novo projeto. “Tem tantas lembranças e vozes que nunca foram ouvidas. Este filme poderá servir para afirmar nossa identidade e direcionar políticas públicas, além de potencializar o promissor turismo de cidades como Rolândia (…) vamos tentar, devagarinho, formar aquele mutirão de antigamente para realizar o sonho do filme”, afirmou.
O rolandense também comentou que o professor de História Marco Soares, coordenandor do Ciclo Internacional De Palestras Ethel Kosminsky, está entusiasmado com a ideia de um resgate cinematográfico da história do Norte do Paraná. “O Legado Pé Vermelho poderia começar com a caminhada dos que habitavam essa região antes dos pioneiros, os Índios. Em vez dos estereótipos, poderia ser feito um ‘momento de pintura’, como fizemos em duas ocasiões com grupos kaingangues. Foram experiências mágicas que também poderiam ser estendidas a outros convidados. Assim vamos ter, além de um filme, um registro da fantasia pessoal, de expressões universais que poderão traduzir o que tanto mexe com as pessoas”, explicou o professor.
A ideia de Daniel é contar com parcerias de peso neste novo projeto, como os fotógrafos “pé vermelhos” iguais a Cássia Popolin, Gerson Sobreira, Eliza Baridoti, Antonio Neto, Flávio Benedito Conceição, Wilson Vieira, Camila Delattre, José Francisco Haydu, Carllos Bozelli, Reinaldo Gabriel, entre outros. “Eles poderão acompanhar o projeto de pintura e enriquecer o filme traduzindo estas imagens com ricos acervos. Que baita mutirão para começar. Sem esquecer de jornalistas da terra como o Wilhan Santin, Fábio Cavazotti, Loriane Comeli, a Celia Musilli, o Wilson Schwartz e outros profissionais da comunicação, afinal, o Norte do Paraná já marcou época e poderá novamente iluminar o mundo”, revelou.
O ambientalista também já está pensando em personagens que vão auxiliar nessa tarefa contando as experiências e vivências do povo que construiu o Norte do Paraná. “Conversei com o Cido sobre fazer o filme e ele adorou a ideia e já falou dos lugares do passado para onde iria levar a equipe da gravação”, afirmou Steidle.
Daniel também ressaltou que a ideia de tornar essas pessoas que vivenciaram de fato a história do norte do Paraná em protagonistas do filme é fundamental e essencial. “Esse é um povo vivido e sábio, não quero que ele seja apenas um objeto de estudo da academia, mas ‘diretor de arte’ de uma produção que promete unir tantas pessoas e gerações”, concluiu.
