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Ex-alunos contam experiências vividas na Soame

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    No mês em que a Sociedade Ambiental, Cultural e Educacional de Rolândia (Soame) completa 20 anos de existência em Rolândia,  ex-alunos escreveram sobre as experiências vivenciada na entidade. Neste primeiro momento o JR vai mostrar os testemunhos de quatro alunos que fizeram parte da história da ONG e que, por meio das ações realizadas no local, tiveram transformações importantes em suas vidas.

    “Aprendi a respeitar as pessoas” 

    Olá, me chamo Alexssandro Carneiro e hoje estou com 27 anos de idade. Quando conheci a Soame, tinha por volta de 9 anos de idade, isso em 2003 e fiquei até 2009 por incentivo do meu finado avô. Isso foi a melhor coisa em minha vida, pois lá foi um preparatório para vida toda, aprendi muitas coisas boas como artes, capoeira, natação…
    Tive muitos bons momentos e aprendi a respeitar as outras pessoas e suas opiniões. Aprendi a crescer com as críticas e a não me iludir com elogios, o que aprendi lá, escola nenhuma poderá ensinar e dinheiro nenhum poderá comprar e levo comigo até os dias de hoje.
    Sou operador de transpaleteira elétrica na empresa JBS Seara de Rolândia, onde sou colaborador há cinco anos. Minha esposa Rafaela trabalha comigo na mesma empresa há quatro anos, e há sete estamos juntos. Somos gratos a Deus pela casa que temos e outras conquistas que obtivemos e não deixo de agradecer aos ensinamentos que os professores e colaboradores da Soame nos proporcionaram, em especial ao mestre Helmans, por ser um grande mentor e amigo, a Rossana por nos guiar e nos aconselhar. Sou grato por tudo. Muito obrigado pelo tempo que vocês investiram em nós! Saibam que essas sementes germinaram e desabrocharam e hoje seguem seus rumos em melhores caminhos! Abraços.
    “O projeto me ensinou a viver”
    Meu nome é Sidney Brasilino dos Santos (29). Entrei na Soame em 2002 porque amigos também faziam parte do projeto e fui aceito porque ficava muito na rua. Perdi minha mãe com dez anos de idade, só aprontava, não queria mais saber da escola. Quando comecei a fazer parte do projeto, voltei a frequentar a escola, aprendi várias coisas como dança, capoeira, música, natação, educação ambiental, tive curso de informática etc.
    O projeto foi algo que me ensinou a viver, me mostrou o caminho certo, a alimentação correta e a ter todos os tipos de responsabilidade de um ser humano. Nos meus últimos anos, o projeto me encaminhou a um emprego de meio período e no outro meio período estava como voluntário no projeto, através do qual fui escolhido para um intercâmbio na Itália. Hoje estou casado e trabalho no centro de distribuição do Supermercado Mufatto. Tudo isso que sou, e o que tenho condições ainda de ser, consegui graças ao projeto Soame e aos educadores responsáveis.
    “A Soame representa a possibilidade de transformação”
    Sou Douglas da Silva Mesquita, nasci e passei parte da infância e da adolescência em Rolândia. Quando tinha 15 anos participei de um dos “Cursos” que a Soame oferecia. Esse curso específico foi uma parceria que a ONG fez com a escola do trabalho. Lembro que em algumas aulas fomos com uma kombi da prefeitura até Arapongas ter aula no Senai. O curso tinha duração de 2 anos. 
    Em 2010, mesmo ano que terminei o Curso de “Auxiliar administrativo”, passei no vestibular da UEL, para o curso de Artes Cênicas e seis anos depois, em 2016, fui chamado para trabalhar em um dos projetos culturais da então Ong Soame, em que atualmente ministro oficinas semanais de teatro. Das aulas e dos cursos realizados pela Ong, no ano de 2018, criou-se o Grupo Teatrando de Rolândia que, através de ações culturais, promove apresentações e experimentos teatrais na cidade. 
    Acho que nem os mais maravilhosos dramaturgo, poderiam prever que em algum lugar de um curso de auxiliar administrativo um professor de teatro surgiu. 
Hoje trabalho como educador social e mantenho uma relação afetiva com o que a Soame representa como possibilidade de transformação.
    “A ONG ajudou demais na formação do meu caráter”

    Sou o Rogério de Souza, entrei na SOAME no ano de 2004 e permaneci até 2008. Entrei por influência de um primo mais velho que já estava no projeto. Para minha mãe era uma alternativa para me deixar longe de coisas erradas e foi a melhor escolha que ela poderia ter feito, tínhamos acesso a coisas que muitas crianças da nossa idade não tinham. Praticávamos vários esportes, dança, tocávamos instrumentos, aulas de natação, tínhamos ótimas refeições durante o dia, éramos crianças privilegiadas.
    Além de tudo isso que a gente tinha acesso lá, acredito que a Ong ajudou demais na formação do meu caráter e de várias outras crianças que ali passaram. Hoje eu estou casado, trabalho há nove anos em uma empresa da cidade, me considero uma pessoa vitoriosa, pois poucos que saíram de onde eu saí chegaram onde cheguei.
Acredito que ter participado da Ong Soame contribuiu muito para isso. Espero que projetos como esse continuem acontecendo na cidade, pois são muito importantes para o crescimento de uma criança. 











 

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