A Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, do Adolescente, do Idoso e da Pessoa com Deficiência (Criai), a Secretaria Estadual de Justiça, Família e Trabalho e da Força Tarefa Infância Segura (FORTIS) e a Prefeitura de Rolândia, por meio da Secretaria e Assistência Social, promoveram o Seminário “Rolândia e o Paraná contra a Violência” na manhã da terça-feira (18). O evento contou com a presença de diversas autoridades locais e regionais.
Realizado no Dia Nacional de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, 18 de maio, o seminário teve como principal palestrante a doutora em Tecnologia e Sociedade pela Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, Cineiva Campoli Paulino Tono, integrante da Força Tarefa Infância Segura (Fortis). A doutora destacou que a família tem papel fundamental na prevenção à violência contra crianças e jovens.
“É muito importante o trabalho preventivo da família, do pai e da mãe, que devem fazer de tudo para proteger seus filhos. Segundo os dados, mais de 70% dos abusos contra crianças ocorrem no ambiente familiar. Este evento tem como objetivo promover a reflexão e fazer com que os alertas, as ações definidas sejam replicadas em todo o Paraná”, afirmou Cobra Repórter, presidente do Criai e um dos responsáveis pela realização do evento. Cobra participou de Curitiba, onde cumpria agenda na Assembleia e no Governo.
A representante da Fortis, Cineiva Campoli, explicou que a Força Tarefa foi criada em 21/02/2019, com representantes dos diversos setores que assinaram um pacto/carta de intenções, em um evento dentro do Tribunal de Justiça do Paraná, com 12 ações para proteção da criança e do adolescente. O deputado Cobra Repórter tem tramitando na Assembleia um projeto de lei visando tornar a Força Tarefa uma ação permanente.
Cineiva lembrou que as maiores vítimas de violência são meninas faixa de 0 a 18. Estes atos podem ser lesão corporal, ameaça, estupro de vulnerável, lesão corporal atrelada à violência doméstica e maus tratos. “Temos que falar e atingir este público, especialmente os homens, pois mais de 70% dos que praticam a violência são homens na faixa dos 18 aos 39 anos. Os números escondem uma realidade cruel. No período da pandemia, houve queda de 21% nos dados de violência contra a criança, mas temos que levar em conta que as crianças não estão indo na escola, onde se sentem seguras para denunciar, ou a mãe está mais presente em casa, mas não quer dizer que ela não sofra, que não presencie a violência psicológica”, afirmou. A palestrante ressaltou ainda que o Poder Público também precisa trabalhar a prevenção, realizar campanhas informativas.
Estavam presentes o prefeito Ailton Maistro, o vice Márcio Vinicius, o presidente da Câmara, Reginaldo Silva, o comandante do 15º Batalhão, Major Walter, o delegado Bruno Silva Rocha, o secretário de Assistência Social, Marcos Diego Silva, Jeferson Matias representando o deputado Cobra, a chefe do escritório da Sejuf de Londrina, Deise Tokano, a presidente Conselho Municipal dos Direitos da Criança e Adolescente, Elisangela Brum, a presidente do Conselho Tutelar, Maria de Fátima Dal Bó, vereadores e autoridades locais.