O cara tem 38 anos e 41 títulos na carreira, isso é um absurdo, um verdadeiro deboche. Daniel Alves é daqueles seres humanos predestinados, com brilho próprio e nascido pra jogar futebol.
Sou de 1989, tenho 32 anos, cresci vendo Cafu na lateral direita da seleção, um Cafu regular, mas sem sombra. Na Copa de 98, o reserva na direita foi Zé Carlos, em 2002 a hora e vez foi de Belleti, em 2006 era Cicinho.
Na Copa da África, em 2010, Dani começou ganhar espaço e não saiu mais. Ouso dizer que tirando Carlos Alberto Torres, Dani é o melhor lateral da história do futebol sul-americano. Como é bom ver sua vitalidade, ver que dia qualidade não caiu com o passar dos anos, sua liderança e seu empreendimento, sim, ele empreendeu.
Dani teve a percepção de se reinventar e hoje, aos 38, está prestes a colocar mais uma medalha no peito, quem sabe a de ouro, de uma Olimpíada que ficará na história por dois motivos. Pela pandemia e pela liderança de um lateral que vai deixar saudades quando resolver parar de jogar.
Rafael Morientes é jornalista, formado pela UNOPAR em 2014 e atualmente é repórter das rádios CBN Londrina, Ayoba e Mundo Livre, além de comentarista da Eleven Sports/CBF TV
Foto: Lucas Figueiredo / CBF