Com aumento de casos de problemas respiratórios em crianças, órgão reforça o uso de máscara por alunos e professores
O período de outono e inverno intensifica a preocupação com crianças, já que doenças respiratórias se tornam recorrentes com a diminuição da umidade relativa do ar e a utilização de ambientes menos ventilados. Como ambientes de frequência obrigatória, com permanência prolongada e grande número de indivíduos presentes, as escolas precisam evitar se tornarem espaços de transmissão da Covid-19 e de outras doenças respiratórias mais prevalentes nesta época do ano.
O uso de máscaras como princípio de precaução é o caminho para manter as atividades escolares presenciais sem abdicar da proteção da saúde coletiva. “O uso de máscara não tem relação apenas com a Covid, mas sim com todas as infecções respiratórias. Sabemos que o uso da máscara ajuda na prevenção da transmissão dessas infecções, por isso a orientação para a retomada do seu uso nas escolas foi devido a esse aumento expressivo de casos respiratórios, especialmente nas crianças”, explica a secretária de Saúde, Karla Ulinski.
Segundo a secretária, cerca de 45% dos casos que chegaram até o Complexo de Saúde da Vila Oliveira, eram de crianças menores de 12 anos. “Se somarmos os números de segunda-feira da semana passada até o dia 17 de maio, temos aproximadamente 900 crianças atendidas na ala respiratória. O aumento está sendo ainda mais expressivo neste ano do que em anos anteriores”, afirma Ulinski.
A secretária de Educação, Leise Camargo, ressalta que a pasta sempre caminha em parceria com a Saúde, levando em consideração a importância da união entre esses setores. “Mesmo com o uso da máscara não sendo mais obrigatório, muitas escolas da rede municipal permaneceram com o pedido de uso do item de segurança por parte dos alunos e professores”, ressaltou. “Temos notado que as crianças chegam na escola com coriza e sintomas de gripe. Por isso, orientamos que a melhor prevenção é o uso da máscara”, comenta a secretária.
A orientação do uso de máscara é direcionada a todas instituições educacionais da cidade, sejam elas públicas ou privadas, municipais ou estaduais. “Pedimos que todos façam o uso da máscara na medida do possível para que a gente possa ter uma diminuição desses casos e, consequentemente, também diminua a quantidade de atendimentos na rede de saúde”, ressalta Leise.
Mesmo com o uso da máscara, as secretárias reforçam que as medidas de higiene e a imunização das crianças também são importantes para a prevenção de doenças respiratórias. “A higiene e desinfecção das mãos com álcool gel é mais um aliado nessa prevenção, além da vacinação das crianças na faixa etária preconizada, não somente com a vacina anti-covid, mas também a contra a gripe”, concluiu Karla Ulinski.