Acolhimento às gestantes em Rolândia é modelo

  1. Home
  2. /
  3. Notícias
  4. /
  5. Saúde
  6. /
  7. Acolhimento às gestantes em...

Projeto da Saúde e do São Rafael acolhe gestantes com 37 semanas e integra serviços; modelo serve de exemplo para hospitais da região

Gestantes já com 37 semanas durante a visita guiada à maternidade do São Rafael

Com o objetivo de oferecer mais bem-estar e acolhimento às gestantes de Rolândia e região, a Secretaria de Saúde e o Hospital São Rafael iniciaram um projeto que beneficia essas pacientes, apresenta-lhes a maternidade e lhes fornece um atendimento mais humanizado. Uma vez que essas mulheres são atendidas na rede municipal de saúde e, consequentemente, também passam pelo atendimento no hospital, que possui a maternidade integrada ao mesmo, essa parceria foi planejada devido a essa proximidade da entidade junto ao órgão municipal.


“A nossa proposta é que as mulheres que não possuem gestação de risco conheçam o espaço em que terão todo o procedimento. Com isso, também queremos aproximar os profissionais da saúde municipal com os colaboradores da instituição, pois isso é bem importante”, explica a secretária de saúde, Karla Ulinski.


O objetivo desse projeto é estreitar os laços entre o São Rafael e o município para que possam trabalhar juntos. “Nós criamos o projeto para atender a necessidade da gestante que, muitas vezes, procura o hospital despreparada e desinformada. Em muitas dessas procuras, o parto da gestante ainda não era efetivo e muitas vezes ela ia para o hospital e voltava para casa, gerando-lhe transtorno”, compartilha Gilberto Berg, gerente da instituição.


Berg também cita sobre a lei que garante à gestante o direito a escolher o tipo de parto no Estado do Paraná. A lei 20127, sancionada e publicada pelo governador do Estado no dia 17/01/2020, de autoria da deputada Mabel Canto, altera a lei de combate à violência obstétrica e dá o direito a todas as gestantes do Paraná de escolher sua via de parto: normal ou cesáreo. “Para que essa escolha seja efetiva é essencial que a gestante conheça o ambiente da maternidade. Por isso, dentro desse projeto, temos três pilares fundamentais. O primeiro foi de trazer o conhecimento a respeito disso para os profissionais. Com isso, os enfermeiros, os agentes comunitários de saúde e demais profissionais foram colocados dentro de uma sala de aula e fizemos uma visita guiada para todos entenderem esse processo”, pontua o gerente.
Outro pilar do trabalho foi o monitoramento disso e, por último, a coleta de informações. “Hoje todas as gestantes que passam pelo Hospital São Rafael entram em uma planilha de referência feita pelas UBSs, pois por lá conseguem acompanhar o que aconteceu com a gestante aqui no hospital São Rafael”, informa Gilberto.

“O que já ocorreu é que algumas gestantes eram atendidas pela rede municipal e passavam por algum atendimento no hospital e, muitas vezes, essa situação não era compartilhada e a UBS não ficava sabendo. Por isso essa integração é tão importante para os profissionais e para a paciente”, ressalta Karla Ulinski. A integração desses atendimentos prestados às gestantes possibilita que a Saúde e o Hospital saibam como está caminhando o caso de cada uma delas e até permite que, dependendo, elas recebam visitas e acompanhamentos. “Desse modo, todos que atendem a essa gestante são conhecedores do que está acontecendo e isso é essencial”, pontua Karla.

Visita guiada
A partir da 37ª semana de gestação, as gestantes poderão fazer essa visita guiada nas instalações do HSR para conhecerem melhor o espaço em que farão o parto, além de tirar dúvidas sobre o tipo de parto e muito mais. “O cadastro para receber essa visita guiada é feito lá na UBS, onde ela recebe o pré-natal, por isso, pedimos para as gestantes fazerem esse processo na unidade antes de entrarem em contato com o hospital para falar sobre o tipo de parto, ou qualquer outra solicitação. Primeiro, ela precisa ter essa indicação”, explica Gilberto.


Esse tipo de visita já fez com que muitas gestantes mudassem de ideia e passassem a querer o parto normal em vez da cesárea. “Até no ano passado, dos cerca de 80 partos que fazemos por mês, 38% eram normais e 62% cesarianas. Com o projeto, já temos números de 55% de partos normais e 45% de cesáreas”, comemorou Gilberto.


O projeto de Acolhimento às Gestantes foi apresentado à 17ª Regional de Saúde, que o levou para outros hospitais da região, servindo como modelo.

Compartilhe:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

VEJA TAMBÉM:

Saúde

Dengue: Arapongas tem óbito

Município registra morte de homem de 80 anos, que tinha comorbidades Na terça-feira (1), a Prefeitura de Arapongas, por meio da Secretaria Municipal de Saúde,

Saúde

Arapongas adquire 1,4 mil equipamentos de Saúde

Prefeitura de Arapongas adquire quase 1.500 equipamentos para fortalecimento de sua saúde pública prefeito de Arapongas, Rafael Cita, acompanhado pelo secretário municipal de Saúde, Carlos