Pesquisar
Close this search box.

No Bartira: resgate cultural por meio de brincadeiras

  1. Home
  2. /
  3. Notícias
  4. /
  5. Educação
  6. /
  7. No Bartira: resgate cultural...

Alunos da Escola do distrito aprenderam de forma lúdica e divertida como eram os brinquedos e as brincadeiras tradicionais que fizeram parte da cultura histórica da região

Como nossos avós: os alunos e as alunas do Bartira se divertiram ao ‘transformar’ a comida em brinquedos

Alunos do Pré ao 1º Ano do Ensino Fundamental da Escola Municipal Nossa Senhora Aparecida, no distrito do Bartira, em Rolândia, participam de um projeto de resgate cultural e histórico durante as aulas de História e Geografia. A iniciativa é das professoras Lucimary Roman, Tamires Victor, Gislene Asevedo de Marqui, e da pedagoga Rosi Muller e da diretora Michelle Nassú.


Com os jogos e brincadeiras de diferentes épocas e lugares, os alunos conheceram mais sobre os brinquedos de antigamente, feitos com milho, e as brincadeiras antigas. Paralelamente a isso, fazem a contextualização e trabalham de maneira multidisciplinar e interdisciplinar o tema da safra de milho, cultura que tem forte relação no distrito.


“Inicialmente procurei resgatar coisas do universo cultural deles e que fazem parte do distrito, como o plantio de milho. Então, resolvi pegar aquela bonequinha feita com a espiga do milho, com a qual as crianças brincavam antigamente, especialmente nossos avós, e nossos pais. Muitas crianças não sabiam que o milho era transformado em brinquedo antigamente, então fui trabalhando isso na mesma medida que fazia o contexto histórico”, compartilha a professora Lucimary Roman.


Além do milho, as professoras também fizeram o uso do abacate e do chuchu e os transformaram em brinquedos, novamente trazendo todo um resgate histórico de como as crianças antigamente transformavam alimentos em brinquedos, cenário raro atualmente. “Também explicamos o porquê das pessoas utilizarem esses brinquedos nessa época, e o que mudou no contexto atual, em que muitos têm acesso a brinquedos industrializados e não é mais necessário extrai-los da natureza. Foi um trabalho muito interessante e as crianças gostaram muito”, explicou Lucimary.


O trabalho seguirá, após a volta das férias, com as crianças aprendendo mais sobre a cultura indígena, que batiza ruas e o próprio distrito. “Falo bastante sobre a questão do nome das ruas daqui do distrito e do nome do próprio distrito, que é Bartira, que são nomes indígenas. Com isso, na continuidade deste projeto vamos resgatar as brincadeiras indígenas como, por exemplo, a peteca. Isso é um modo de também resgatar a cultura do local por conta dessa forte presença de nomes indígenas”, comenta a docente.


A pequena Maria aluna do 1º ano da professora Tamires Victor, contou um pouco de como foi essa experiência e o que ela aprendeu durante o projeto. “Eu achei muito legal (…) aprendi sobre a quantidade de chuchus e depois eu até levei o chuchu para a minha casa e meu pai vai plantar”, conta a aluna.


Para a pedagoga Rosi Muller, projetos como esse ultrapassam os muros da escola e vão para os lares dos alunos. “Quando a escola vai além dos muros é que estamos cumprindo verdadeiramente o nosso papel, porque ao compartilhar em casa o que foi aprendido na escola, a criança internaliza o que ela aprendeu de verdade”, afirma. A pedagoga explica que, além da questão do resgate cultural indígena que será trabalhado após as férias, as professoras estão planejando construir outros brinquedos com as crianças. “Queremos fazer o pé na lata, a bola de meia. A professora de Educação Física também vai propor um campeonato de bets”, pontuou a pedagoga.

FOTO(S) DESTA MATÉRIA

Compartilhe:

Facebook
Twitter
WhatsApp
Email

VEJA TAMBÉM:

Educação

Cambé: iniciadas as matrículas para 2025

Secretaria de Educação e Cultura já iniciou as matrículas para ano letivo de 2025 na Educação Infantil, Fundamental e EJA A Secretaria de Educação e

Educação

Grupo Nhande Marandu intensifica ações

Projeto cultural afro-indígena do Colégio Kennedy tem atividades e ações durante todo o ano, mas que se intensificam durante o mês da ‘Consciência Negra’ O