Editorial – Edição: 883 – sexta-feira, 12/08/22
Olá, querido leitor e cara leitora do JR
Estamos no Agosto Lilás, mês criado para reforçar o enfrentamento da violência contra as mulheres. Também neste agosto, a Lei Maria da Penha completou 16 anos, mas as mulheres têm muito a conquistar ainda. Mais ainda, têm os homens a aprender. E isso desde criança, em sua casa e na sala de aula também.
Exatamente neste mês, o Instituto de Criminalística de Londrina veio a Rolândia para realizar uma nova perícia na casa em que o corpo de Eduarda Shigematsu, de 11 anos, foi encontrado enterrado. Os peritos também vieram fazer um exame, o primeiro, na residência da vó de Eduarda, local em que teria sido morta ou teria se suicidado, de acordo com Ricardo Seidi, pai da menina e principal suspeito de sua morte.
Em tempo, a vó de Eduarda é Terezinha Guinaia e ela é acusada de ocultação de cadáver e de falsidade ideológica.
Uma das acusações contra Ricardo é justamente o de feminicídio, um crime que parece crescer cada vez mais no Brasil.
Pegando esse gancho, a Procuradoria da Mulher de Rolândia, órgão da Câmara Municipal, está distribuindo cartilhas para as crianças, meninos e meninas, da 5ª série. O tema violência contra a mulher tem que ser debatido e debatido nas escolas para que o menino saiba que é errado bater numa mulher. Se esse discurso for repetido em casa e pela sociedade, possivelmente teremos homens menos violentos e machistas. É o que esperamos.
Ainda nesse gancho, em Rolândia, de acordo com a Procuradoria da Mulher, há mais de 210 boletins de ocorrências registrados de violência contra as mulheres. Esses números são a ponta do iceberg, pois a quantidade deve ser bem maior.
Bora lá entrar na desconstrução de homens machistas e violentos?
Uma boa leitura
Josiane Rodrigues – editora
José Eduardo – editor