Por Diego Silva
O Brasil viu um ato de terrorismo aos prédios públicos em Brasília. Um ataque premeditado, sem sentido, covarde e absurdo. Se a moda pega? Não é possível tolerar.
Você gostar, admirar, se inspirar em alguém, é saudável, importante e normal até. Agora, quando passa do respeito, vira um endeusamento, uma obsessão, uma paranóia, passa a ser doença. As pessoas perdem a razão. O sentido das coisas muda. Conheço gente que trocou a família para ficar acampado na porta de quartel. A troco de quê? Qual o sentido?
Se essa loucura, desmedida, fosse empenho na eleição, Bolsonaro poderia ter vencido o pleito. Só que essa gente doentia, chata, raivosa, depôs contra ele.
Quando alguém falar que defende Deus pregando o ódio, defende a família, mas briga com seus familiares e quebrar prédios públicos, que vão ser consertados com dinheiro do povo, falando em patriostismo, é fácil perceber que a pessoa está fora de si.
Deus é amor. Família é para ser amada. E a pátria defendida, não atacada. Acho que Lula não teria condições para ser presidente, pois foi preso. Entendo a revolta de alguns. Só que ele está lá.
Se essa gente fizesse um abraço simbólico em Brasília, aos prédios públicos, vestisse preto, lavasse a rampa do Palácio do Planalto, tenho certeza que todos aplaudiriam isso e entenderiam como ato político.
Hoje, esses fanáticos, radicais, se transformaram naquilo que eles mais condenavam. Só que pior: usando o nome de Deus em vão.
Acredito ainda que isso foi só o começo. Infelizmente, temo ver coisas piores.
Quando o Lula foi preso, quando a Dilma foi tirada do poder, teve ameaça. Mas não se viu o que teve em Brasília no domingo passado. Nada igual na história. Muito triste.
Como a história ainda está em aberto, muitos capítulos podem ser escritos. Espero que possam surgir, partindo do lado humano do respeito, harmonia e convivência. Que reine a paz.
Discutir política é saudável. Importante. Normal. Agora, brigar, depredar, quebrar, invadir, destruir, deixa de ser política. Passa a ser terrorismo.
De que lado da história você vai ficar?
Diego Silva