Centro de apoio Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS Ad) de Rolândia promoveu ações de acolhimento para ajudar pessoas que enfrentam a doença do alcoolismo
O Dia Nacional de Combate ao Alcoolismo é comemorado no dia 18 de fevereiro e tem como objetivo alertar para os riscos dessa doença. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o alcoolismo atinge mais de 10% da população brasileira, e é entendida como uma doença crônica, responsável por muitas recaídas e por inúmeros prejuízos clínicos à saúde, como gastrite, cirrose hepática e câncer.
Conforme explicado pela profissional Adma Camargo de Souza, coordenadora do Centro de apoio Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS Ad) de Rolândia, o alcoolismo também é uma doença de ordem psiquiátrica, pois desencadeia transtornos mentais como depressão e nos casos mais graves podendo levar ao suicídio. “Ela atinge o sujeito nos âmbitos, social, ocupacional, familiar e econômico, além de poder desencadear situações de violências, acidentes de trânsito, traumas, dentre outros”, afirmou.
De acordo com a coordenadora, o consumo de álcool tem aumentado consideravelmente nas últimas décadas entre jovens e mulheres, principalmente após a pandemia de Covid 19. “O consumo compulsivo e progressivo de álcool faz com que o indivíduo se torne cada vez mais tolerante a ele, causando crises de abstinência quando não ingerido. As crises se caracterizam por meio de tremores, irritabilidade, náusea, ansiedade, taquicardia e pupilas dilatadas”, explicou.
Quando buscar ajuda?
Adma indica que algumas situações podem alertar um caso de risco em relação a isso, e quando essas ações ocorrem é necessário buscar ajuda. Entre as questões levantadas pela profissional estão situações como “quando beber se torna um hábito, quando existe a necessidade de beber a qualquer momento, e quando beber se torna um papel de destaque na vida da pessoa e provoca alterações drásticas no humor. Beber pela manhã para aliviar tremores, e não se lembrar de certos momentos que ocorreram enquanto fazia uso de álcool, também indicam alerta”.
Onde buscar ajuda?
Em Rolândia, a coordenadora explica que o CAPS Ad pode ajudar essas pessoas em vários sentidos. “Acolhemos diariamente pessoas (a partir de 16 anos de idade) e seus familiares com Transtornos decorrentes ao uso de Substâncias Psicoativas (álcool e outras drogas) que desejam ser acompanhadas para tratamento, sem a necessidade de agendamento”, informou.
Além disso, o CAPS Ad também faz acolhimento individual para avaliação do tipo de tratamento adequado ao caso, terapia individual e/ou em grupo, promove oficinas de educação em saúde direcionadas à pacientes e familiares, realiza oficinas terapêuticas e atividades de reinserção do paciente à sociedade, faz buscas através de visitas domiciliares a pacientes e familiares quando necessário e promove manejo de crise.
“Aqui temos uma equipe de profissionais como: psicólogos, psiquiatra, terapeuta ocupacional, enfermagem, assistente social e profissionais de nível médio. Fazemos o encaminhamento para desintoxicação em outras unidades, se necessário, e promovemos atividades de reinserção social, bem como o encaminhamento para equipe de saúde em Unidades Básica de Saúde e outros serviços da rede do município e microrregião atendida”, reforça.
O contato com o CAPS Ad podo ser feito pelo telefone (43) 3255-1926 ou pessoalmente na rua Alzira Tiburski, nº 102. “Lembrando que os CAPS são unidades de atendimento à saúde mental ligadas ao SUS que oferecem atendimentos gratuitos, e para isso a documentação necessária para atendermos é o documento de identidade e/ou cartão do SUS. A falta da documentação não impede o acolhimento inicial, mas é importante levá-lo”, orienta Adma.