Grupo, com mais de 114 mil mulheres no país, tem como objetivo garantir direitos iguais, trabalho, segurança, educação e saúde de qualidade para todos; ‘Mulheres’ estará em evento do JR e parceiros no dia 15 no Museu Izidoro Armacolo, em Rolândia
O Grupo Mulheres do Brasil foi criado em 2013 por 40 mulheres de diferentes segmentos e é presidido pela empresária Luiza Trajano. Com mais de 114 mil participantes no Brasil e no exterior, o grupo surgiu com o intuito de engajar a sociedade civil na conquista de melhorias para o país.
De acordo com Carolina Sodré, uma das líderes do Comitê Combate à Violência Contra a Mulher, do Mulheres do Núcleo Londrina, o grupo possui mais de 155 núcleos, 113 no Brasil em diversas regiões, e 42 núcleos no exterior, distribuídos em 24 países.
“O propósito do Mulheres do Brasil é construir um Brasil melhor a partir do protagonismo feminino. Isso é feito a partir da conexão de pessoas que são colocadas a serviço do Brasil, e sempre o intuito é de acolher, de cuidar, de fazer acontecer e gerar mudanças. Para isso a gente busca sempre causas sociais e causas políticas. Apoiamos projetos já existentes ou criamos iniciativas que gerem a transformação do nosso país. E os núcleos existem com o objetivo de fazer ações locais para gerar mudanças locais”, explicou Carolina.
“Temos algumas premissas. Nós somos feministas, lutamos pelo fim da violência contra a mulher, somos a favor dos Direitos Humanos, a favor da liberdade de imprensa, a favor da igualdade racial contra qualquer tipo de discriminação, e a favor de um sistema público e eficiente de saúde, a favor da educação de qualidade para toda a nação e a favor da democracia”, pontuou Sodré.
A líder ainda explica que, quando uma nova integrante entra para o grupo, são passados para ela todos esses valores, e é neste processo que as integrantes mais antigas têm a missão de agir com leveza, acolher e dar aconchego. “Quando entramos no grupo temos que promover iniciativas como se fossem atitudes nossas. Temos que ser proativas, fazer acontecer e promover um impacto social mensurável, sempre buscando a diversidade”, revelou a líder.
O Mulheres do Brasil é considerado um grupo suprapartidário. “O nosso partido é o Brasil, e lutamos pelo Brasil. Não somos contra os homens, mas a gente luta em favor das mulheres. E somos proibidas de usar o nome e os registros do grupo para benefício próprio”, reforçou.
Os núcleos se organizam em comitês – em Londrina existem quatro comitês. “Temos o comitê de combate à violência contra a mulher, do qual eu e a Giandra Gorgato Cavassani somos as líderes. Temos ainda o comitê de empreendedorismo e de comunicação. Em São Paulo, que é o nosso núcleo central, tem muitos outros comitês”, explicou Carolina. “Fizemos uma força-tarefa para auxiliar na vacinação anti-covid e tivemos também o ‘Pula para 50’ a nível nacional, com o objetivo de aumentar o número de mulheres ocupando cargos políticos. Agora estamos com uma campanha de combate à violência contra mulheres e meninas”, informou.
Ações locais
Em Londrina, as mulheres contam com projetos que já estão bem consolidados. “No comitê de combate à violência temos mensalmente círculos de diálogo, nos quais criamos um espaço seguro de escuta empática com as mulheres da comunidade. Cada encontro tem um tema diferente ligado ao mundo feminino, e sempre buscamos promover o diálogo sobre esses temas, pois sentimos que as mulheres não têm muito espaço de fala, com sigilo onde elas possam se abrir de uma forma segura”, pontuou.
Em Londrina também existe um grupo de estudos. “Esse grupo é coordenado pela Doutora Vânia Queiroz. Os encontros no ano passado foram mensais e aberto à comunidade. Esse ano os encontros vão ter outra periodicidade e serão bimestrais e vamos receber convidadas”, compartilhou Carolina.
Em meio a muitas ações, o núcleo do Mulheres do Brasil de Londrina também realiza, no final do ano, a caminhada pelo fim da violência contra mulheres e meninas, que já se tornou bem tradicional. “Vale dizer que também temos uma ação bem bacana em parceria com a Secretaria do Idoso e com a ACEF, um projeto de emprego e renda para idosos. No ano passado tivemos um evento na PUC com gestores de RH de empresas de Londrina, e foi feito um painel sobre etarismo e empregabilidade 60+, que é um tema bem complicado”, comentou.