Por Samuel M. Bertoco
A franquia John Wick é daqueles sucessos quase inexplicáveis que acontecem em Hollywood. Não que achavam que não iria fazer sucesso. Mas, em um cinema pipoca absolutamente inundado de filmes de super-heróis, uma produção de ação noventista render quatro filmes?
Talvez até seja o fato de ter herói pra todo lado – não que John não seja, já que toma bala, facada, tapa, soco, chute, bomba…faz três, agora quatro, filmes e não morre – que uma história sobre um ex assassino da máfia russa apenas procurando vingança – com muita violência – por terem roubado seu carro e matado seu cachorro tenha agradado tanto.
E a coisa vai escalando, no segundo um mafioso mais grandão tá atrás dele, no terceiro o mundo inteiro, no quarto ele é excomungado, ou seja, não tem mais os benefícios do submundo do crime, talvez no quinto ou sexto se matarem ele, ele toma o trono do diabo pra ele. Mas é justamente essa ação quase nonsense, muito a cara dos anos 90, que faz a gente ficar tão vidrado nas cenas. Filmes de ação hoje em dia é muito sério, muito denso ou tenso, ou claro, se recorre aos Homens de Ferro da vida – que eu particularmente enchi o saco – então a franquia é de um frescor impressionante.
É claro que, Keanu Reeves é o suprassumo do carisma e entrega muiiito nas cenas de ação. Talvez se fosse outro ator a coisa não tinha engrenado tanto, mas o universo convergiu, e foi ele, pra nosso deleite.
As cenas de ação são inacreditáveis de tão boas – nunca muito verossímeis, nunca muito viajada. A história…quem se importa?? É John Fking Wick…se tiver mais trinta filmes, vão ter mais trinta filmes com uma história questionável e ainda sim vão ser trinta filmaços.
Samuel M. Bertoco é formado em Marketing e Publicidade