Villanueva tem árvore exótica

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O Colégio Estadual Professor Francisco Villanueva, de Rolândia, acomoda em seus jardins espécies de árvores nobres e raras. Uma delas faz aniversário em dezembro: o Baobá, originário da África e motivo de orgulho para o professor Anselmo Ludwig, que a plantou.

Ludwig, que é professor de Inglês no Villa há vários anos, comemorou os 8 anos do plantio da árvore, que cresce viçosa e promete encantar os olhos de quem a vir nos próximos anos. Uma tia de Anselmo, que é freira de Moçambique, trouxe da África algumas sementes para o sobrinho, apaixonado por árvores.

“Essa foi o único exemplar que vingou”, explicou Márcia Zavatto, pedagoga no Villanueva. O Baobá ficou mundialmente famoso, especialmente após a publicação do livro “O Pequeno Príncipe”, de Antoine de Saint-Exupéry, em 1943.

O baobá é uma árvore que chega a alcançar alturas de 5 a 25m (excepcionalmente 30m) e até 7 m de diâmetro do tronco (excepcionalmente 11m). Destaca-se pela capacidade de armazenamento de água dentro do tronco, que pode alcançar até 120.000 litros.

A “mukua”, ou fruto do baobá, tem no seu interior um miolo seco comestível (não tem sumo), que se desfaz facilmente na boca e seu sabor é agridoce (adocicado com uma ligeira acidez). O fruto é rico em vitaminas e minerais.
Em Moçambique, o fruto tem o nome de “malambe”, na língua xi-nyungwe da província de Tete. O malambe tem uma polpa branca que seca no próprio fruto e é utilizada para a alimentação, em tempos de escassez de comida. Ela também é referida como cura para a malária.

História

Em 1445, navegantes portugueses conduzidos por Gomes Pires chegaram à ilha de Gorée, no Senegal. Eles descobriram o brasão do Infante D. Henrique gravado em árvores. O cronista Gomes Eanes de Zurara assim descreveu a árvore: “Árvores muito grandes e de aparência estranha; entre elas, algumas tinham desenvolvido um cinturão de 108 palmos a seu pé (ao redor 25 metros). O tronco de um baobá não mais alto do que o tronco de uma árvore de noz; rende uma fibra forte usada para cordas e pano; queima da mesma maneira como linho”.

Em Angola e Moçambique, a árvore é conhecida como “embondeiro” ou “imbondeiro”. Em certas regiões de Moçambique, o tronco é escavado por carpinteiros especializados para servir como cisterna comunitária.

Brasil

No Brasil existem poucas árvores de Baobá, que foram trazidas pelos sacerdotes africanos e plantadas em locais específicos para o culto das religiões africanas. No candomblé é considerada uma árvore sagrada (ossê, em iorubá e akpassatin, em fon) e nunca deve ser cortada ou arrancada.

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