TJPR confirmou que o júri popular de Ricardo Seidi e de Terezinha de Jesus será na próxima quinta-feira em Londrina
O Tribunal de Justiça do Paraná (TJPR) negou o pedido da defesa de Ricardo Seidi, acusado de matar a filha Eduarda Shigematsu, de 11 anos, e confirmou o julgamento do acusado e de sua mãe, Terezinha de Jesus Guinaia, para a próxima quinta-feira, dia 7 de março, no Fórum Criminal de Londrina. A defesa de Ricardo havia recorrido ao TJPR para que não fosse em Londrina, já que fica muito próximo de Rolândia, onde ocorreu o crime em 2019. O julgamento será transmitido pelo YouTube do Tribunal de Justiça, para que seja acessível ao público em geral.
Anteriormente, a defesa de Ricardo recorreu ao STJ (Supremo Tribunal de Justiça) para que o julgamento saísse de Rolândia devido à ‘comoção popular’ e a falta de isenção em um possível júri na cidade. O STJ acatou a decisão e, por isso, o TJPR marcou o julgamento para o dia 07 no Fórum de Londrina, que fica na avenida Tiradentes, a partir das 9 horas da manhã. A defesa pediu nova mudança e, na segunda-feira (26), o desembargador Benjamim Acácio de Moura e Costa decidiu manter o júri em Londrina, pela ‘economia e celeridade do processo. Em abril, o assassinato de Eduarda completa 5 anos.
Jurados e juradas
No dia 02 de fevereiro, a Justiça convocou, depois de sorteio, os jurados para a sessão de julgamento no dia 07 de março. Foram chamadas 35 pessoas, 25 como jurados titulares e 10 como jurados suplentes. Todos de Londrina. Desse total de jurados, serão escolhidos 7 para comporem o júri que julgarão os dois acusados pelo crime de Eduarda. A escolha dos jurados se dá mediante aprovação e desaprovação do Ministério Público e da Defesa dos réus. Há um número mínimo de 15 jurados para que o julgamento possa ser iniciado.
Seidi é acusado de homicídio triplamente qualificado, feminicídio, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Durante o processo, sempre negou ter matado a filha e disse tê-la encontrada morta e confessou apenas a ocultação do corpo. Já sua mãe, Terezinha de Jesus, vó de Eduarda, é acusada pelos crimes de ocultação de cadáver e falsidade ideológica.
Relembre o caso
Ricardo Seidi Shigematsu foi preso no dia 28 de abril de 2019, depois de ajudar a polícia a desenterrar o corpo de Eduarda. A menina estava enterrada na garagem de uma casa desocupada, que pertence à família de Ricardo. Eduarda estava desaparecida desde o dia 24 de abril e o próprio pai colocou o fato, pedindo ajuda, em sua rede social.
Ricardo deu depoimento ao delegado Ricardo Jorge, da 22ª SDP Subdivisão Policial de Arapongas. O corpo foi localizado pelos policiais da delegacia de Rolândia, e pelas equipes do Sicridi (Serviço de Investigação de Criança Desaparecida), de Curitiba.
“Eduarda foi encontrada com as mãos e pés amarrados, com uma camiseta e um saco de lixo na cabeça”, revelou o delegado Ricardo Jorge à época.