Conheça as mulheres da ação e a programação completa da campanha que promove conscientização, acolhimento e informação

Na matéria da série especial “Caminho Rosa: Retratos de Superação” dessa semana, o JR apresenta quem são as mulheres que deram rosto, força e significado à campanha.
Rosalva Aparecida Merici, 65 anos, professora aposentada de Lupionópolis, descobriu o câncer de mama durante um momento de oração. “Percebi algo diferente na mama e fui buscar ajuda”, conta. A confirmação veio após exames e biópsia. Desde então, Rosalva tem enfrentado uma rotina intensa: sai de casa às quatro da manhã para chegar a Londrina e realizar seu tratamento. Foram quatro sessões de quimioterapia vermelha e dez brancas, e agora ela se prepara para a cirurgia de mastectomia.
Para Rosalva, o maior desafio tem sido lidar com os efeitos colaterais do tratamento (náuseas, dores nos ossos e formigamento nos pés). Mesmo assim, ela encara o processo com fé e perseverança. “Me senti muito especial ao ser convidada para participar do Caminho Rosa. Encontrar outras mulheres e trocar experiências trouxe alívio e bem-estar.
É um presente poder viver esse momento com quem entende o que estamos passando.” Sua mensagem para quem enfrenta o câncer é clara: “Nunca percam a fé, o otimismo e a vontade de viver. Acreditem que Deus caminha conosco.”
Brenda Carolina Gonçalves, 30 anos, de Londrina, trabalha com eventos e estava organizando o casamento quando descobriu o câncer em estágio inicial, através do autoexame no banho. “Foi a pior notícia que já recebi. Senti um buraco se abrindo no chão”, relembra. A partir do diagnóstico, sua vida mudou da noite para o dia, trazendo medo e incerteza sobre o futuro.
O tratamento incluiu quimioterapia, mastectomia total, radioterapia e agora o uso do tamoxifeno. Brenda admite que enfrentar o medo foi a parte mais difícil. “Você precisa aprender a viver um dia de cada vez, sem saber se pode fazer planos.” Participar do Caminho Rosa, porém, trouxe um novo olhar. “Me deu força para viver. Entendi que existe vida após o câncer e a importância do cuidado.
Deus tem um propósito para mim.” Ela faz questão de deixar um recado para outras mulheres: “O câncer tem cura. Não é o fim. Se cuidar e diagnosticar cedo é fundamental.”
Cristina Aparecida dos Santos, 51 anos, motorista e mãe, descobriu o câncer após exames de rotina. O impacto inicial foi devastador: “Você acha que vai morrer, que não dá mais tempo de fazer nada”, relembra. Mas, aos poucos, Cristina transformou medo em força para enfrentar o tratamento, que incluiu quimioterapia e agora caminha para a cirurgia das mamas, já marcada.
Mesmo em meio a desafios como a queda dos cabelos e a rotina de exames e procedimentos, Cristina encontrou leveza e força em sua rede de apoio: “Foi difícil para mim e para minhas filhas quando fiquei careca, depois encarei com mais tranquilidade”. Ela destaca que participar do Caminho Rosa trouxe um sentimento de pertencimento: “Não me senti sozinha. Conheci outras histórias e percebi que podemos viver com alegria mesmo durante o tratamento. O câncer é um diagnóstico, não uma sentença.”
Ana Maria Rosa Ferreira, 45 anos, de Ibiporã, regente de um coral com mais de 200 vozes, descobriu o câncer de forma inesperada, quando a filha percebeu alterações em sua mama. A notícia pegou toda a família de surpresa, já que nunca haviam enfrentado casos de câncer antes. “Foi um choque, nos sentimos perdidos. Mas escolhi lutar e manter a fé”, relembra.
Seu tratamento foi intenso: passou por cirurgia, quimioterapia vermelha e branca, radioterapia e agora segue com medicação oral. Ana Maria relata momentos como o dia em que viu seus cabelos caírem de uma só vez no banho, e a força que encontrou para seguir em frente. “Temos duas opções: sentar e chorar ou nos levantar e lutar. Eu escolhi lutar.”
Participar do Caminho Rosa foi um divisor de águas: “Mesmo que eu não chegasse até outubro, minha história ficaria registrada. Chegar até aqui para contá-la pessoalmente é um presente de Deus. Esse projeto me ajudou a levar minha experiência como um testemunho de fé e esperança.”

Programação Rosa
A programação do Caminho Rosa 2025 está repleta de atividades que unem informação, autocuidado e fortalecimento da rede de apoio às mulheres em tratamento oncológico e suas famílias. A jornada começou no dia 26 de setembro, com algumas ações, e nessa última semana, no dia 1º de outubro, foi realizado um encontro com pacientes oncológicas no Ambulatório de Especialidades do HU.
Já na quinta (2), ocorreu a abertura da exposição fotográfica no Londrina Norte Shopping, que fica aberta ao público até o final do mês. No sábado, dia 4, a programação seguirá com uma palestra no Simpósio Correndo Contra o Câncer, promovido pelo grupo de corrida na Unimed Londrina.
No domingo (5) aconteceu o Treinão contra o Câncer, em Rolândia, em parceria com o JR, o grupo de corrida Os Tucanos, o projeto Correndo contra o Câncer e com a ACIR Mulher, levando atividade física e conscientização a toda a população. No dia 17 de outubro, às 10h, acontece a roda de conversa “Elas por Elas” no Hospital Universitário da UEL. Em 20 de outubro, será lançado online o episódio do podcast “Elas x Elas”.
No dia 28 de outubro, às 19h20, será ministrada uma palestra sobre câncer de mama aberta ao público na Igreja Assembleia de Ibiporã. Encerrando o mês, no dia 31 de outubro, haverá uma dinâmica sobre prevenção e tratamento do câncer de mama na Agroplay e, no mesmo dia, será lançado o vídeo de encerramento da campanha de forma online.
Além disso, ao longo de outubro haverão oficinas de automaquiagem no Londrina Norte Shopping e ações de arrecadação de fundos em prol das pacientes oncológicas, em parceria com a OAB Londrina.
As exposições fotográficas podem ser visitadas no Londrina Norte Shopping, na Biblioteca Central da UEL, na Capela Ecumênica da UEL, no Núcleo de Documentação e Pesquisa Histórica da UEL, além dos espaços internos do Hospital Universitário da UEL e do Ambulatório de Especialidades da UEL. Para saber mais e acompanhar o projeto, o perfil oficial no Instagram é (@ocaminhorosa).