Olá, leitor e leitora do JR
Dia da Mulher, Semana da Mulher, Mês da Mulher, mas ainda não é suficiente pelas injustiças cometidas contra as “filhas de Eva”. Salários menores nos mesmos cargos, cobranças exarcebadas e culpadas a priori, as mulheres ainda têm de conviver com os estupros, assédios e julgamentos morais. O discurso do “presidente” Temer nesta semana foi um prato cheio, de gafes. Mas, como disse um blogueiro, o Sakamoto, e se não forem gafes? E se o pensamento de Temer for exatamente esse – preconceituoso, machista?
Ainda falando na data, na quarta-feira (08), Dia Internacional das Mulheres, um bebê recém-nascido foi encontrado no banheiro adaptado para deficientes da rodoviária de Rolândia. A criança, do sexo masculino, ainda estava suja, envolta em um lençol e ainda trazia o cordão umbilical. Não há pistas sobre quem teria feito isso e a polícia está investigando o caso (leia matéria abaixo).
As primeiras vozes já condenaram a mãe do bebê, sem saber ao certo se foi ela que teria abandonado a criança. Já foi julgada e condenada pela sociedade. Ninguém pode afirmar, ainda, que ela tenha deixado o bebê no banheiro. Pode ter sido seu companheiro, por que não? Vamos considerar que tenha sido a mãe. Terá sido por vontade própria ou ela teria sido obrigada? Se foi por vontade própria, que motivos poderiam levar uma mãe a abandonar o filho. Os obstetras sabem de cor: depressão pós-parto. “Mas isso é doença de rico, pobre não tem isso não. Pobre é sem-vergonha e vagabundo.” O ato também pode ter sido motivado pela falta de apoio do companheiro, devido ao parceiro não querer assumir a paternidade, a não-aceitação da família. Motivos não faltam, infelizmente nem para os que continuam condenando e julgando as mulheres.
*O título acima é o nome de uma música de John Lennon: Woman is the nigger of the world. Há um trecho na canção que diz: “Nós fazemos ela parir e criar nossos filhos e depois a deixamos feito uma velha e gorda mãe galinha. Nós dizemos a ela que o único lugar onde ela deveria estar é em casa”.
Durma com um barulho desses e BOA LEITURA!
Josiane Rodrigues
Editoria
José Eduardo
Editor