O município de Rolândia realizou, na noite de quarta-feira (26), a primeira das três audiências públicas para confeccionar a revisão do Plano Diretor Municipal (PDM). O encontro aconteceu no Centro Cultural Nanuk e contou com a presença de (apenas) 55 pessoas, entre vereadores, conselheiros, secretários e pessoas da comunidade. Apesar de ser aberta a toda a população e de ter sido divulgada em vários meios de comunicação e sociais, a discussão da revisão do PDM não parece ser um programa importante na pauta das pessoas. Infelizmente.
A Audiência foi comandada pelos professores João Bortolotto e Elisa Zanon, do Instituto de Tecnologia e Desenvolvimento Econômico e Social (Itedes). Responsável pela revisão do PDM de Rolândia. Elisa Zanon, arquiteta urbanista e docente do curso de Arquitetura da UEL, explicou aos presentes o que é um Plano Diretor. “Em linhas simples, é um plano de desenvolvimento que organiza o crescimento e o funcionamento do município”, ressaltou a arquiteta.
Análise Temática
Depois de falar sobre o Plano Diretor de 2006, a professora Elisa Zanon dividiu os presentes em grupos para discutir determinados assuntos do PDM: região metropolitana, mobilidade urbana, meio ambiente, turismo e zoneamento de solo. Os professores do Itedes chegaram a esses principais itens depois de reuniões com conselhos e com técnicos de várias áreas, realizadas antes da primeira audiência. Os grupos debateram, cada um dentro de seu assunto, levantando sugestões, problemas e possíveis soluções. Esses dados foram repassados aos dois professores e serão novamente discutidos com conselhos e técnicos antes da próxima audiência, que deve acontecer em outubro.
Dentro do eixo “região metropolitana”, as pessoas fizeram alertas para que Rolândia não se torne uma cidade-dormitório, o que já está ocorrendo. A pessoa trabalha e gera receita em outra cidade e usufrui dos equipamentos sociais de Rolândia (postos de saúde, escolas, creches). A necessidade de um parque industrial com indústrias do setor alimentício e de serviços também foi apontado. Os equipamentos sociais também foram abordados: os que existem são deficitários e em número insuficiente para a população.
No Turismo, os participantes do grupo abordaram a Rota do Café, os eventos de Ecociclismo e as festas como a Oktoberfest e a Erntdankfest. Sobre a mobilidade urbana, uma ciclovia mais inteligente e eficaz poderia tornar Rolândia uma cidade realmente das bicicletas – o meio ambiente agradeceria. Falando em ambiente, as indústrias poluidoras são persona no grata para os participantes que discutiam esse eixo. Cuidar dos mananciais e o plano de arborização também têm de entrar no PDM de 2017.A verticalização, ou seja, destinar uma área para a construção de edifícios poderia tornar mais inteligente o próprio tráfego – a ideia é compactar a cidade e não alargá-la.
Outros assuntos também foram discutidos como o investimento em projetos no Esporte, na Cultura, pois não há projetos sociais relevantes nessas áreas. A segurança também foi abordada e se faz necessário maior segurança no município, inclusive na zona rural.
O Itedes tem 14 meses para entregar a revisão do Plano Diretor de Rolândia – em abril entramos no 5º mês dentro do cronograma oficial. A próxima Audiência Pública será em outubro.