A secretaria de Saúde de Rolândia realizou, de 15 a 19 de maio, a “Semana da Luta Antimanicomial”. De acordo com Érico Ignácio, gerente de saúde mental, o objetivo da semana foi discutir e desmistificar os mitos da saúde mental com os pacientes, familiares e comunidade. “Quanto mais você coloca para discutir, mais as pessoas assimilam, se acostumam com a ideia e começam a pensar naquilo com um olhar diferente”, explicou o gerente.
O dia da Luta Antimanicomial é comemorado em 18 de maio. Esse movimento social começou na década de 70, com pessoas que discordavam do modelo de tratamento de saúde mental, dos manicômios e suas condições desumanas. Atualmente, é defendido um modelo comunitário de tratamento. “O objetivo dos serviços é aproximar a família, fazer a comunidade perder o estigma com uma pessoa que tem problema de saúde mental, seja qual for”, contou Érico.
As atividades da semana começaram na segunda (15), com uma oficina de poesia no CAPS AD, com três profissionais voluntários de Londrina. “Foi feita uma discussão sobre poesia, então foi trabalhar a saúde mental com arte”, disse Érico. Na manhã de terça (16), foi realizada uma roda de conversa no Museu Municipal de Rolândia com funcionários, familiares e pacientes. Já na quarta (17) ocorreu no Centro Cultural Nanuk uma discussão sobre automutilação e o tema “Suicídio: o limite da dor”, com profissionais de toda a rede de serviços do município, às 08h30 e 13h30, com grupos diferentes.
Na manhã de quinta (18), também no Centro Cultural Nanuk, aconteceu a exibição do filme “Nise – O coração da loucura”, sobre saúde mental para estimular a discussão sobre o tema. À tarde, os profissionais de saúde mental do município participaram de uma Mostra Cultural dos trabalhos culturais e artísticos das pessoas atendidas pelos CAPS de toda a região. O evento foi promovido pela 17° Regional de Saúde em Ibiporã. Na sexta (19), a semana finalizou com uma oficina de produção manual e lúdica de brinquedos no CAPS Infanto-Juvenil.
Atualmente, Rolândia conta com três unidades de atendimento de saúde mental. O CAPS AD atende pessoas partir de 16 anos com dependência química, e fica na Av. Castro Alves, 1821. O CAPS Infanto-Juvenil atende pessoas de até 18 anos com transtornos psiquiátricos e está localizado na Rua Guimarães Rosa, 84. Os pacientes acima de 18 anos com transtorno psiquiátrico são atendidos no CAPS em da Av. Romário Martins, 625.
