Suicídio e automutilação na pauta

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Na quarta (17) foi realizada no Centro Cultural Nanuk uma discussão sobre automutilação e o tema “Suicídio: o limite da dor”, evento que fez parte da Semana de Luta Antimanicomial promovida pela secretaria de Saúde de Rolândia. Essa discussão aconteceu em dois momentos: às 08h30 e 13h30 para grupos diferentes de profissionais de toda a rede de serviços do município, como da saúde, assistência social, educação e outras áreas. “É para que os profissionais aprendam a identificar, a ajudar o familiar, a orientar alguém”, explicou o gerente de saúde mental, Érico Ignácio. A iniciativa foi apoiada pelo Centro de Valorização da Vida (CVV). 

A psicóloga do CAPS Infanto-Juvenil, Carolina Motta, foi quem esclareceu aos presentes os dados e mitos sobre suicídio, definido como “um ato deliberado executado pelo próprio indivíduo, cuja intenção seja a morte, de forma consciente e intencional, mesmo que ambivalente, usando um meio que ele acredita ser letal”. Ao contrário do que se pensa, além do ato em si, também fazem parte do chamado “comportamento suicida”, os planos e a tentativa de suicídio e pensamentos. Apenas uma pequena proporção desse comportamento chega ao conhecimento dos profissionais. A cada cem habitantes, dezessete já pensaram em suicídio, cinco tem planos de realizá-lo, três passaram pela tentativa e apenas um chegou ao atendimento do pronto-socorro. Segundo Carolina, o suicídio é muito preocupante especialmente quando se trata da população jovem, pois já é a terceira maior causa de morte dessa faixa etária no país. Os óbitos por suicídio são três vezes maior por homens, mas as mulheres realizam três vezes mais tentativas do que eles. A explicação é que os homens fazem uso de métodos mais eficazes como armas.

De acordo com a psicóloga, existem alguns fatores de risco que tornam determinadas pessoas mais vulneráveis as tentativas de suicídio, como maus tratos, abuso físico e sexual, transtorno psiquiátrico e familiar, depressão, conflitos familiares e o sentimento de desesperança. Carolina também destacou quais são os maiores mitos sobre o assunto, como o fato de quem ameaça se suicidar não o faz para chamar atenção. Outra afirmação que ela desmistificou é que abordar o tema não aumenta o risco de que o suicídio aconteça e afirmou que a mídia não deve ser proibida de falar sobre o assunto. Carolina também explicou que quando uma pessoa que sobrevive a uma tentativa de suicídio e mostra alguns sinais de melhora, não quer dizer que está fora de risco.   

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